Praia, 16 Jul (Inforpress) – O número de cabo-verdianos com acesso a telemóvel atingiu, em 2019, 71, 1 por cento (%) da população, enquanto o acesso à Internet é cada vez mais generalizado.
Os dados constam do relatório Inquérito Multiobjectivo Contínuo (IMC) sobre o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, relativo a 2019, divulgado quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O IMC 2019 estima que 71,7% dos indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos de idade possuíam um telemóvel.
Destes, a maioria (37,7%) tem idade compreendida entre 35- 64 anos e a distribuição entre os sexos é igualitária.
O inquérito realça que a posse de telemóvel é maior no meio urbano, onde 76,4% da sua população possuíam um telemóvel contra 62,0% no meio rural. Da análise por sexo, constata-se que 72,5% dos homens e 70,8% das mulheres possuíam um telemóvel.
Já o acesso ao telefone fixo acentuou as quebras no último ano, estando presente, segundo o levantamento do INE, em apenas 19,5% dos agregados familiares em Cabo Verde, sendo 20,5% no meio urbano e 17,1%no meio rural.
O IMC 2018 refere ainda que 34,6% dos agregados familiares em Cabo Verde possuíam pelo menos um computador (incluindo equipamentos portáteis). Contudo, este número é muito superior no seio da população urbana, com um peso de 41,3%, contra os 19,2% de incidência no meio rural.
Dos 158.431 agregados familiares estimados pelo IMC 2018, o INE adianta ainda que 67,0% das famílias cabo-verdianas têm acesso à Internet em casa.
Neste particular, o estudo aponta que nos últimos seis anos, a proporção de agregados familiares com acesso à Internet em casa aumentou “consideravelmente”, equivalente a 34,8 pontos percentuais. Em 2014, a incidência do acesso à Internet era de apenas 32,2% da população.
O estudo refere que o principal meio de acesso à Internet, em casa, é o telemóvel, equivalente a 93,0% dos agregados familiares, realçando que 0,4 % acedem à Internet “através da rede do vizinho”.
Para o IMC de 2019, segundo o INE, foi utilizada uma amostra de 9.918 agregados familiares, seleccionados de forma aleatória e independente dentro de cada concelho do país, respeitando a representatividade a nível nacional, por meio de residência e concelho, traduzindo-se num total de 549.699 indivíduos distribuídos em 158.431 agregados familiares, a nível nacional.