Cidade da Praia, 30 Jul (Inforpress) – A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, acusa a empresa cabo-verdiana de segurança privada, DB Protect, de práticas que, na sua perspectiva, se assemelham ao “trabalho escravo”.
Em conversa com a Inforpress, sobre a situação laboral em Cabo Verde, Joaquina Almeida apontou vários casos que, segundo ela, demonstram que a situação “não é boa”, e acusou de forma particular a empresa DB Protect, que conforme adiantou tem explorado os trabalhadores e depois proíbe que os mesmos se afiliem nos sindicatos.
“A DB Protect é uma empresa que pratica trabalhos que assemelham a trabalho escravo. Tem trabalhadores que trabalham mais 11 horas diários, trabalhadores sem direito a subsídio de turno, sem férias e sem folgas semanais”, precisou a sindicalista.
Joaquina Almeida adianta que várias queixas já foram feitas no Tribunal do Trabalho contra essa empresa e informou que ainda no dia 23 de Julho houve um julgamento contra essa mesma empresa por violação dos direitos dos trabalhadores.
“Vamos ter mais julgamentos. Os Tribunais estão cheios de processos laborais e graças a Deus temos tido apoios da Ordem dos Advogados que tem vindo a dar-nos algum patrocínio judiciário no que tange aos trabalhadores com fracos recursos e que não têm como pagar os advogados”, disse.
A Inforpress contactou o responsável da empresa, Denis Barros, para uma reacção, mas este escusou-se a comentar as acusações da UNTC-CS, afirmando apenas “este não é momento para show off”.
“Serenidade e trabalho é o que Cabo Verde precisa”, adiantou.