Cidade da Praia, 31 Jul (Inforpress) – O Governo cabo-verdiano negou comentar aquilo que chama de “rumores” sobre a situação da Cabo Verde Airlines, assegurando que se está a trabalhar de forma “muito consistente e séria, para reerguer o país”.
A posição do Executivo foi tornada pública nesta quinta-feira pelo ministro da Presidência do Conselho de ministros, Fernando Elísio Freire, em reacção à notícia vinculada no site do Santiago Magazine, segundo a qual os “os 12 milhões de dólares não são, afinal, para financiar a Cabo Verde Airlines” e que “Icelandair confisca Boeings nos EUA, até haver nova injecção de capital”.
O jornal adianta ainda que a Cabo Verde Airlines desmente o governo e afirma que os 12 milhões de dólares de empréstimo autorizados pelo Estado na última segunda-feira, 27, “não representam um novo fundo para a empresa”.
Na quarta-feira, 29, numa publicação no facebook, o presidente do Conselho de Administração da companhia Erlandur Svavarsson, mostrou confiante no regresso da normalidade da aviação comercial no arquipélago, mas avisou que não pretende colocar os três Boeings em Cabo Verde, se não houver nova injecção financeira que garanta o funcionamento da CVA.
O Governo autorizou um aval estatal de até 12 milhões de dólares para a Cabo Verde Airlines (CVA) garantir um financiamento bancário junto do International Investment Bank (IIB), segundo despacho publicado no BO nº 87, Iª Série, de 27 de Julho.
Fernando Elísio Freire, que falava esta manhã, durante uma conferência de imprensa, como porta-voz do Conselho de Ministros, assegurou que o Governo actua e actuará sempre sobre “factos” e que não comenta “rumores”.
“O Governo diz com toda a certeza que não há nenhum tipo de desmentido, há um aval e o Estado dá uma garantia de um determinado montante para servir de suporte à empresa. Não há nenhum tipo de desmentido e até porque não se pode desmentir o dono, que é o Estado e tem 49% da Cabo Verde Airlines”, referiu.
O ministro disse ainda que o Governo actua de forma “estratégica e séria” sobre a empresa e que o Palácio da Várzea está a trabalhar para ter todas as condições para que o país continue com uma estratégia de hub aéreo, mas num quadro diferente, tendo em conta a crise da covid-19.