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Jorge Carlos Fonseca regozija-se com a descoberta do cientista cabo-verdiano Jailson Brito Querido


  8 Septembre      52        Science (576),

 

Cidade da Praia, 08 Set (Inforpress) – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, felicitou hoje o cientista cabo-verdiano Jailson Brito Querido pela sua descoberta numa das questões fundamentais da biologia molecular e que permanecia sem resposta por quase 40 anos.

Na sua mensagem de felicitação, Jorge Carlos Fonseca disse que teve conhecimento que a revista Science, a mais prestigiada revista científica dos EUA e uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, publicou um artigo científico com os resultados de uma descoberta em que Jailson Brito Querido é o primeiro autor.

Neste artigo, os cientistas desvendaram uma das questões fundamentais da biologia molecular e que permanecia sem resposta por quase 40 anos.

“Com regozijo o saúdo, caro concidadão, por esta descoberta que destaca a sua excelência científica, sendo, estou certo, resultado de um percurso trilhado com sacrifício pessoal, dedicação extrema ao estudo, à investigação, com profissionalismo e competência, valores que sustentam o excelente resultado que ora alcança”, disse o chefe do Estado.

Em seu nome pessoal e de todos os cabo-verdianos, Jorge Carlos Fonseca transmitiu-lhe as suas “mais vivas felicitações” por este “grande feito”. Feito este, que segundo o chefe do Estado, o enobrece e orgulha todos os cabo-verdianos, no país e na diáspora.

O Presidente da República desejou ainda a este jovem cientista sucessos e felicidades na sua vida pessoal, profissional e familiar e ainda felicitou todos os que contribuíram para o sucesso deste trabalho.

Recentemente na sua página no facebook, o investigador do MRC Laboratory of Molecular Biology e na Universidade de Cambridge no Reino Unido, Jaílson Brito Querido, considerou que esta descoberta continuará a ser o seu principal contributo para o avanço no conhecimento científico, daqui a 30 ou 40 anos quando pendurar a sua bata.

“A informação genética que herdamos dos nossos pais está codificada nos nossos genes. Por isso, para que se defina quantos braços ou quantos olhos vamos ter, a cor da nossa pele ou do nosso cabelo, se vamos herdar alguma doença dos nossos pais, ou seja, para que se define absolutamente tudo sobre nós, as informações codificadas nos nossos genes têm de ser descodificadas/traduzidas pelos nossos ribossomas”, começou a explicar o processo deste estudo.

Para que os ribossomas consigam identificar qual é o gene que precisa ser decodificado/traduzido em cada momento, precisou, as informações provenientes dos genes (mRNA) têm de ser activadas por um grupo de proteínas que formam o complexo eIF4F.

Por isso, informou, o complexo eIF4F é fundamental para a existência de vida tal como a conhecemos.

Segundo este cientista cabo-verdiano, ao longo dos últimos 40 anos, cientistas de vários continentes têm estado numa “enorme maratona” para tentar descobrir onde e como é que o complexo eIF4F se liga ao ribossoma (40S), infelizmente sem sucesso.

“Recorrendo às técnicas de engenharia genética e bioquímica conseguimos reconstituir o momento em que se dá o início da descodificação/tradução da informação genética em humanos, e resolver a sua estrutura pela técnica de crio-microscopia electrónica (cryo-EM). Com isso, conseguimos identificar o local de ligação do complexo eIF4F no ribossoma e responder a esta questão fundamental da vida, que permanecia sem resposta por quase quatro décadas”, avançou.

Esta descoberta, ajuntou, também representa um “importante contributo” para todas essas investigações na área do cancro.

Masaaki Sokabe, Sebastian Kraatz, Yuliya Gordiyenko, J. Mark Skehel, Christopher S. Fraser e V. Ramakrishnan são os co-autores do artigo “Structure of a human 48S translational”, no original, em inglês.

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