Tarrafal, 21 Set (Inforpress) – A coordenadora do programa de cuidados no Ministério da Família e Inclusão Social defendeu sexta-feira a necessidade de haver mais valorização da profissão de cuidador em Cabo Verde, tornando-a num emprego mais digno.
Rosaria Almeida fez estas declarações à Inforpress, no município de Tarrafal, à margem do acto de arranque da formação de cuidador de dependentes (idosos e deficientes), promovida pelo Ministério da Família e Inclusão Social, no âmbito da implementação do Plano Nacional de Cuidados.
Segundo ela, a formação já foi ministrada em diferentes concelhos de Cabo Verde e chegou hoje ao município de Tarrafal, beneficiando 15 jovens.
“Alguns destes jovens são pessoas que já estão a trabalhar no terreno como cuidadores informais. Devido à situação de covid-19 foram implementadas medidas preventivas para idosos, neste caso os acamados e os que vivem isolados, com os cuidadores a cuidarem dessas pessoas nas suas casas”, demonstrou.
Neste sentido, explicou que se avançou com a formação para reforçar a capacidade técnica destes profissionais, dotando-lhes de conhecimentos práticos sobre cuidados.
“Naturalmente nós cuidamos, mas é necessário conhecer e profissionalizar esta profissão, para podermos garantir um trabalho digno, principalmente para as mulheres”, defendeu.
No seu entender, esta é, também, uma forma de desfamiliarizar esta profissão, garantindo um emprego digno.
“Queremos que todos os jovens aproveitem esta oportunidade e esta profissão, pois, a valorização cabe a quem está a frente deste processo”, referiu.
Reforçou ainda que é preciso valorizar a profissão do cuidador em Cabo Verde, tornando-a num trabalho digno e que merece a sua previdência social.