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Cabo Verde prepara plano de gestão das reservas do Fogo e do Maio para tirar “melhor proveito” desta distinção


  29 Octobre      63        Environnement/Eaux/Forêts (6386),

 

Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – Cabo Verde já está a elaborar o plano de gestão e uma “agenda forte” para as ilhas do Fogo e do Maio, classificadas como Reservas Mundiais da Biosfera, anunciou hoje o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
O objectivo é tirar o “melhor proveito” no processo de desenvolvimento sustentável dessas ilhas, conforme disse Gilberto Silva, em conferência de imprensa convocada para dar a conhecer o desafio do País depois desta dessa distinção.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou na tarde de quarta-feira, 28, que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aprovou na 32ª sessão do Conselho Internacional de Coordenação do MaB (Programa Man and Biosphere da UNESCO) a candidatura das ilhas do Fogo e do Maio à Reservas Mundiais da Biosfera.
Para Gilberto Silva trata-se de um acontecimento “histórico” que deve orgulhar os cabo-verdianos no País e na diáspora, visto que é a primeira vez que Cabo Verde passou a ter reservas mundiais da Biosfera da Unesco.
Sendo assim, o país junta-se aos 28 países do continente africano com espaços classificados como Reservas Mundiais da Biosfera da Unesco, uma categoria criada em 1972.
“A partir de agora o Fogo e o Maio passarão a fazer parte do mapa onde já constam 701 reservas mundiais da biosfera da Unesco. Ainda que 48 anos depois conseguimos juntar-nos a 122 países que detêm reservas da biosfera”, disse, sublinhando que toda a estratificação ecológica, mas também as formas de cultura e de utilização dos recursos naturais, os vários ecossistemas únicos destas regiões é que ditaram essa classificação.
O processo de candidatura, segundo o governante, foi “complexo” e durou pouco mais de três anos, devido aos vários trabalhos técnicos e específicos para uma candidatura desta natureza.
Esta classificação, acentuou, foi um “grande êxito” mas a partir de agora a responsabilidade “aumenta ainda mais”.
“Vai haver a partir de agora uma forte agenda de trabalho para a boa apropriação deste conceito a nível nacional e, especialmente, a nível das nossas sociedades nas duas ilhas para garantir a necessária visibilidade e promover esta distinção no País e no mundo inteiro, assegurar uma boa gestão das reservas e tirarmos os proveitos necessários para o processo de desenvolvimento sustentável das ilhas, designadamente nos sectores eco e agroturísticos, da investigação científica e da educação”, elencou os desafios.
Para os próximos três meses, apontou, várias acções vão ser desencadeadas, nomeadamente, o estabelecimento dos órgãos de gestão de cada uma das reservas, ou seja, o conselho consultivo, o conselho científico e a unidade de gestão das reservas.
A criação de instrumentos de comunicação e divulgação das reservas, como a criação de website e dos logos de cada uma das reservas, calendários, mapas, souvenires e outros meios que contribuam para a máxima divulgação das duas ilhas como reservas.
“Deve haver a preparação do plano de acção para cada uma das reservas (…), a inscrição das reservas do Maio e do Fogo na rede das reservas africanas de biosfera. Há 28 países no continente africano que detém reservas biosfera e nós vamos integrar esta rede e isto é fundamental para troca de informações técnicas e científicas, para a cooperação, para a troca de experiência no domínio da gestão”, disse, ajuntando ainda a mobilização das parcerias para a formação da equipa de gestão das reservas.
Por último, acrescentou, é necessário estabelecer cooperações bilaterais com reservas que não se encontram no continente africano, designadamente as ilhas da Macaronésia.
Neste processo de candidatura, Cabo Verde investiu cerca de seis mil contos do Fundo de Ambiente de Cabo Verde e de Portugal.
Sendo que não são apenas essas duas ilhas que têm condições de serem classificadas como reservas mundiais, Gilberto Silva sublinhou que com a experiência na gestão dessas duas ilhas, futuramente, cabe ao Governo promover esse processo de candidatura das outras ilhas, como Santo Antão e Brava.
O ministro enalteceu a entrega dos quadros nacionais e das autarquias dessas duas ilhas neste processo, mas espera ainda continuar a contar com a parceria dos municípios, das associações, da academia e da sociedade para a divulgação e promoção dessas reservas.

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