Porto Novo, 02 Nov (Inforpress) – O centro pós-colheita no Porto Novo, em Santo Antão, tem estado, praticamente, de portas fechadas, situação que está a preocupar os produtores agrícolas neste concelho, que voltam a insistir na deslocalização desta infra-estrutura.
Alguns produtores agrícolas, abordados pela Inforpress, alertam para a situação deste espaço de tratamento, embalagem e conservação de produtos agrícolas, que, nos últimos anos, tem estado, praticamente, fechado, situação que piorou com a pandemia do novo coronavírus.
A delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) no Porto Novo informou que este centro, operacionalizado em 2013, tem estado em actividade, mas se trata de “um funcionamento residual”, oferecendo serviços a “um grupo muito reduzido de operadores”.
Segundo o delegado do MAA, Joel Barros, este centro de expurgo tem estado a funcionar com apenas cinco ou seis operadores, que exportam produtores agrícolas para a ilha do Sal.
Porém, o MAA, segundo Joel Barros, mantém a ideia de deslocalizar esta infra-estrutura para as instalações do porto do Porto Novo, tendo este ministério já recebido o “aval” da Empresa Nacional da Administração dos Portos (Enapor) para o efeito.
O centro pós-colheita começou a operar em 2013 e sempre funcionou com dificuldades, devido a “muitas vulnerabilidades” que o espaço apresenta, que, sobretudo, têm que ver com a sua “má localização” e com o custo elevado de funcionamento.
Este espaço, que representou um investimento de 120 mil contos (construção e equipamento), fica nos arredores da cidade do Porto Novo, numa zona afastada do porto, facto que, segundo os operadores, cria “vários constrangimentos”, nomeadamente em termos de custos do serviço, que é prestado.
O centro de expurgo foi construído no quadro do primeiro compact do programa Millenium Challange Account (MCA) para contornar o problema do embargo imposto aos produtos agrícolas de Santo Antão, por causa da praga dos mil-pés.