Bissau, 12 Nov 20 (ANG) – Dois dias depois de a farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira alemã BioNTech terem revelado que a sua vacina contra a Covid-19 tem uma eficácia de 90%, a Rússia anunciou que os resultados preliminares da Sputnik V mostram uma eficácia de 92%.
Os resultados preliminares russos baseiam-se nos dados dos primeiros 16 mil participantes nos ensaios clínicos que receberam as duas doses da vacina Sputnik V. A fase 3 dos ensaios clínicos da vacina está a decorrer em 29 clínicas em Moscovo e inclui um total de 40 mil participantes, um quarto dos quais irá receber um placebo.
Em Agosto, a Rússia tinha-se tornado no primeiro país do mundo a registar uma vacina contra a Covid-19, quando a vacina ainda não tinha ainda passado pela fase 3 de ensaios clínicos.
Esta quarta-feira, Kirill Dmitriev, director do Fundo de Investimento Directo Russo, afirmou ter “uma vacina muito eficaz” e que a probabilidade de contrair a doença revelou ser 92% inferior nas pessoas que foram vacinadas com a Sputnik V em relação àquelas que receberam o placebo. Além disso, até agora, não foram identificados efeitos secundários graves nos voluntários.
Na terça-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o país vai registar em breve uma terceira vacina contra o novo coronavírus e que as vacinas desenvolvidas pela Rússia são eficazes.
Entretanto, o ministro russo da Indústria, Denis Manturov, revelou que Moscovo quer produzir 800 mil doses da vacina contra a covid-19 ainda em Novembro e mais 1,5 milhões de doses em Dezembro, aumentando para volumes superiores a partir do início de 2021.
De acordo com as autoridades, foram estabelecidos acordos internacionais de distribuição da vacina num total de 270 milhões de doses e uma grande parte das doses pode vir a ser produzida noutros países, cerca de 300 milhões de doses na Índia e uma quantidade não revelada no Brasil, China e Coreia do Sul.
A vacina está também a ser testada na Bielorrússia e deverão começar em breve ensaios clínicos nos Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Índia.ANG/RFI