Mindelo, 13 Nov (Inforpress) – O presidente do Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pesca (Sintsel) assegurou hoje que agentes de segurança privada estão a sofrer represálias após a participação na greve em Setembro.
Após a greve dos dias 21, 22 e 23 de Setembro houve “represálias” impostas por empresas como a Sepricav, Silmac e Sonasa, conforme Manuel Barros, que falava em conferência de imprensa hoje, no Mindelo, para balanço dos encontros com vigilantes.
Segundo a mesma fonte, foram levantados processos disciplinares a trabalhadores e que obrigaram o Sintsel a fazer algumas denúncias a instituições como a Inspecção-geral do Trabalho, Direcção-geral do Trabalho e Comissão Nacional de Direitos Humanos e Cidadania (CNDHC) e pelas quais aguarda resposta.
Manuel Barros adiantou cenários de vigilantes sem dias de folga e de outras situações existentes em São Vicente, mas também na Cidade da Praia, perpetuados pelas direcções das empresas com quem não se encontrou por “falta de tempo”.
“As empresas estão a fazer os processos disciplinares aos trabalhadores, que são represálias que não são de agora, mas sempre existiram, para intimidar os vigilantes para não aderirem às próximas greves”, assegurou Manuel Barros, acrescentando que como sindicato não pode admitir tais situações.
Durante a conferência de imprensa, o responsável sindical informou ainda que “todas as reivindicações” do acordo colectivo do trabalho, revisto em 2017, e com a promessa da sua implementação em Janeiro de 2020, já foi publicado a 09 de Novembro no Boletim Oficial.
E, assim, segundo a mesma fonte, espera-se que estas sejam “implementadas na prática e as empresas cumprem às exigências”, contudo, defendeu, é questionável o tempo determinado para a sua aplicação, que só deverá acontecer em Maio de 2021.
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