Bissau, 18 Jan 21 (ANG)- A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) prossegue hoje com a segunda vaga de greve que terá a duração de cinco dias.
Foto ArquivoA maior central sindical guineense reivindica o aumento de salário na Função Pública, protesta contra os subsídios atribuídos aos titulares dos órgãos de soberania e cinco novos os impostos introduzidos no Orçamento Geral de Estado de 2021, entre outras.
Em entrevista exclusiva à Radio Sol Mansi, o porta-voz de comissão negocial de greve da UNTG Yasser Turé afirmou que a determinação dos sindicatos vai continuar para provocar “mudanças positivas” na Função Pública guineense.
Turé pediu engajamento do governo no sentido de dialogar com o sindicato para que, juntos, possam encontrar uma solução de forma a ultrapassar a situação de greve.
Disse que, caso o governo não demostrar a vontade de negociar vão continuar a luta “para o bem dos servidores público”.
“A paralisação servirá para exigir do Governo o cumprimento do Memorando do Entendimento assinado com as centrais sindicais, no passado mês de Agosto, de 2019. E neste sentido queremos apelar, mais uma vez, aos trabalhadores a redobrarem os esforços na luta para resgatar os seus valores enquanto geradores das riquezas do país “, referiu.
Para o sindicalista, o reajuste feito no ano passado já não é compatível com a realidade do país e nem com o cabaz de compra, uma vez que o nível de vida já mudou ,tendo convidado ao executivo a cumprir as leis do país em relação aos trabalhadores, de modo a poderem ter a mesma vida com os funcionários públicos dos países da sub-região.
A primeira vaga de greve teve também a duração de cinco dias e segundo o porta-voz da comissão negocial, João Domingos da Silva registou uma adesão de 96 por cento dos trabalhadores.