Mindelo, 22 Jan (Inforpress) – O ministro da Economia Marítima prometeu hoje dar respostas, na primeira semana de Fevereiro, sobre projectos e o financiamento de “algumas questões mais urgentes” apresentados pela Associação dos Pescadores de São Pedro, em reunião realizada na comunidade.
Com efeito, Paulo Veiga, após mais de duas horas de reunião, disse que a situação da comunidade piscatória de São Pedro não difere das outras, mas que esta se encontra “bem organizada”, através da associação.
Da reunião, o ministro disse ter constado, contudo, “algumas carências”, como a necessidade de melhorar as embarcações artesanais e o desejo da associação em adquirir uma embarcação semi-industrial, para que possa pescar “mais longe e com mais segurança”.
“Esta necessidade vai ao encontro da política e objectivo do Governo que são melhorar a condição do homem no mar”, disse o ministro, que precisou que a associação apresentou alguns projectos ao ministério e que prometeu, até a primeira semana de Fevereiro, dar uma resposta sobre os projectos e o financiamento de “algumas questões mais urgentes”.
A ocasião foi ainda aproveitada pelo ministro Paulo Veiga para apresentar a apolítica do Governo para o sector, sobretudo como funciona o Fundo de Apoio à Pesca, uma forma de levar informação para que a classe saiba como aceder a todo o sistema de financiamento montado para o sector, disse, isto porque São Pedro, “claramente”, tem “o seu direito e a quota-parte neste sistema”.
“Portanto, foi uma boa reunião e saímos daqui satisfeitos”, finalizou o ministro da Economia Marítima.
Por seu lado, o presidente da Associação de Pescadores de São Pedro, Luís Andrade, considerou de “louvável” a concretização de uma reunião da associação com o ministro da tutela, e em que os assuntos tratados “foram úteis”, mas disse esperar que se passe “das intenções à prática”.
A mesma fonte classificou de “grande valia” para comunidade piscatória o fundo autónomo para o sector das Pescas, capaz de financiar projectos até mil contos, abrangendo não só as associações como também os pescadores a nível individual
“Ou seja, quem tiver a ideia de criar e apresentar um projecto até mil contos, pode até contar com o apoio do Instituto do Mar (IMAR) na elaboração do projecto”, concretizou Luís Andrade, que espera que este processo tenha sucesso, já que os pescadores “necessitam ver os seus projectos avaliados e financiados”.