Cidade da Praia, 25 Jan. (Inforpress) – A presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano, Filomena Fortes, qualificou de “uma grande importância para Cabo Verde” o lançamento de uma candidatura, neste caso senegalesa, à presidência da Confederação Africana de Futebol (CAF), cuja assembleia-geral realiza-se em Marrocos.
Filomena Fortes reagia assim, em declarações à Inforpress, a propósito do lançamento da candidatura do presidente da Federação Senegalesa de Futebol, Augustin Senghor, sexta-feira na cidade da Praia, à margem da assembleia-ordinária da União das Federações Oeste Africana (UFOA).
Fortes considerou que não é todos os dias e que não é por acaso que um país é escolhido para o lançamento de uma concorrida candidatura ao organismo que superintende o futebol africano e alegou mesmo tratar-se de uma questão de respeito por todo o trabalho que a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) e o Governo têm feito na organização de eventos desportivos.
Em relação à assembleia-geral da UFOA, realçou que a frase “Cabo Verde está na moda” ajusta-se perfeitamente a esta assembleia-magna, sublinhando que o país demonstrou “agora mesmo” com a selecção do andebol no Mundial do Egipto, apesar dos percalços que fizeram o combinado cabo-verdiano suspender a sua participação.
A assembleia magna da UFOA trouxe à cidade da Praia os presidentes das federações da zona, designadamente Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa, os respectivos secretários-gerais, presidente interino da CAF, Oumari Constant, e o director de Desenvolvimento da FIFA, Verón Mosengo
“Cabo Verde está a trabalhar para não só poder mostrar à África, mas também ao mundo que tem desporto”, referiu.
Já a embaixadora do Senegal em Cabo Verde fez questão de ressaltar que assim como à passagem da selecção do Senegal em Cabo Verde foi determinante para Senegal chegar ao Mundial da Rússia 2018, o arquipélago crioulo terá um papel fulcral para que “este país vizinho e irmão” chegue à liderança da CAF.
Sob o lema “Para um futebol africano mais unido, mais performance e mais atraente”, Augusthin Senghor, 55 anos, advogado de profissão, oficializou a sua candidatura na corrida à presidência da Confederação Africana de Futebol(CAF), cuja assembleia-geral electiva realiza-se a 12 de Março em Rabat (Marrocos).
Para além de Augustin Senghor, a UFOA conta ainda com um outro candidato à presidência da CAF, o mauritaniano Ahmed Yahya.
São quatro candidatos na corrida à cúpula da CAF, pois estão ainda nesta luta o ex-presidente da Federação Marfinense de Futebol, Jacques Anouma, e o presidente da Federação de Futebol da África do Sul, o milionário Patrice Motsepe.
A assembleia-geral do Comité Executivo da CAF está prevista para 12 de Março em Rabat (Marrocos), onde serão renovados os cargos de presidente e de membros do comité executivo desta organização.
O último presidente da CAF eleito, o malgaxe, Ahmad Ahmad, ex-treinador de futebol e antigo secretário de Estado do Desporto e ministro das Pescas de Madagáscar, encontra-se suspenso por cinco anos pela FIFA “por ilícitos financeiros, entre os quais desvio de fundos” razão pela qual não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo.
A Comissão de Ética da FIFA aplicou ainda a Ahmad Ahmad, que também é vice-presidente da FIFA, uma multa de 200 mil francos suíços (cerca de 20 mil contos cabo-verdianos).