Nova Sintra, 11 Fev (Inforpress) – O director do Centro de Emprego e Formação Profissional da região Fogo e Brava (CEFP) disse que pretendem trazer cursos do nível I para a ilha Brava como forma de beneficiar e qualificar jovens que não completaram o 8º ano.
Em declarações à Inforpress,esta quarta-feira, António Cardoso avançou que já possuem em agenda duas opções de formações, nomeadamente “Pintura de construção civil” e a “Carpintaria”.
Segundo a mesma fonte, o intuito é “atender as necessidades específicas da ilha, sobretudo para um segmento da população que não completou o 8º ano e que ficam sem a possibilidade de fazer uma formação de nível mais alto”.
Em relação à carpintaria, este responsável sublinhou que na Brava, há algo nesta área de “tradição muito forte” que querem resgatar.
“Queremos resgatar os mestres artesãos construtores de barcos, porque a Brava já foi uma ilha referência no Atlântico de construção e reparação naval”, disse António Cardoso.
Realçou que esta potencialidade ainda se encontra na Brava, só que adormecida. E antes que os mestres construtores desapareçam fisicamente, pretendem aproveitar estes conhecimentos e aproveitá-los para fazer a construção de barcos e botes nas “dimensões certas”, que não entram em conflitos com a lei.
“Pensamos construir botes com mais de 6 metros, equipados com equipamentos de segurança, de localização e com equipamentos de salva-vidas para que os pescadores e todos aqueles que ganham o seu dia-a-dia no mar possam fazê-lo com a segurança garantida”, enfatizou.
Para este responsável, esta é uma forma que o CEFP encontrou juntamente com parceiros locais na Brava para permitir que a ilha tenha um certo patamar de desenvolvimento, à semelhança de outras ilhas e municípios.