Sal Rei, 23 Fev (Inforpress) – As autoridades sanitárias e a edilidade local confirmaram segunda-feira a suspeita da presença de peste suína africana na ilha da Boa Vista, detectada em explorações suinícolas localizadas na zona industrial da cidade de Sal-Rei.
Esta informação foi avançada na página da Câmara Municipal da Boa Vista onde consta que a edilidade local a Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, na Boa Vista, a Polícia Nacional e a Delegacia de Saúde confirmam que se detectaram casos positivos à presença de anticorpos da peste suína africana (PSA) em sete das 31 amostras enviadas ao laboratório veterinário da Direcção de Serviço da Pecuária (DSP).
A Câmara Municipal da Boa Vista confirma ainda que “a presença, suspeita da peste suína africana foi detectada em explorações suinícolas localizadas na zona industrial da cidade de Sal-Rei, mais conhecida por pocilga”.
Por isso, informam que as “autoridades sanitárias e policiais vão reforçar a vigilância às seguintes situações, que se encontram totalmente proibidas, nesta fase, entre eles, o abate de suínos sem a devida autorização, a circulação de suínos dentro da ilha e a circulação de suínos, seus produtos e derivados da Boa Vista para as outras ilhas.
Entretanto avançam ainda que “será dada continuidade, no terreno, à implementação de um conjunto de medidas sanitárias pelas autoridades locais (Câmara Municipal da Boa Vista, Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, Delegacia de Saúde e Polícia Nacional) em prol da defesa da saúde pública”.
As autoridades locais aproveitaram também “para apelar à colaboração de todos os munícipes no sentido de não adquirirem e nem consumirem carne de porco sem o certificado de salubridade emitido pela autoridade veterinária local e, em circunstância alguma, consumirem carne de porco de origem duvidosa”.
Recorde-se que o surto de morte de porcos foi noticiado em meados de Dezembro, na mesma localidade, informação avançada pelos criadores locais, na zona de criação mais conhecida por pocilga. Ainda nesta mesma altura constatava-se venda de carne de porco a um baixo preço do mercado.
Nesta mesma altura esta informação foi também confirmada pelas autoridades sanitárias e locais que deram início a uma campanha de sensibilização desencadeada pela câmara municipal da ilha que, juntamente com um veterinário da delegação da MAA e enfermeiros do Centro de Saúde conversaram com os criadores presentes nas pocilgas, para lhes alertar sobre a morte repentina destes animais e do perigo que representa a venda da sua carne para a saúde pública.