Bissau,28 Set 22(ANG) – O ministro de Saúde disse que o Governo está empenhado na regulamentação de novos ingressos no sector para que, no futuro, o país possa estar dotado de técnicos qualificados para exercerem cabalmente as suas funções.
Em declarações à ANG, Dionísio Cumba reagia assim sobre a marcha de protesto contra o Governo levada a cabo, terça-feira, pela Frente Comum, espaço que congrega os Sindicatos Democráticos dos Professores(Sindeprof), a Frente Nacional dos Professores(Frenaprofe), o Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins(Sinetsa) e Sindicato dos Quadros Superiores de Saúde(Sinquass) que acusa o Executivo de estar a cometer um “atentado à vida humana” com a decisão de suspender das suas funções mais de mil quadros da saúde.
O titular da pasta da Saúde disse que, com base nos levantamentos feitos, existem 2.900 técnicos de saúde em todas os Hospitais e Centros de Saúde do país, cuja maioria foi admitida sem respeitar as normas exigidas pela Administração Pública.
O governante sublinhou que, em nenhuma parte do mundo, ninguém sai da formação e entra imediatamente para o sistema sem passar pelos critérios exigidos pela Lei.
Cumba sustentou que o executivo, por outro lado, tomou a medida de suspender as novas admissões nos sectores de saúde e educação, em cumprimento das exigências do Fundo Monetário Internacional(FMI), no que tange a contenção de despesas públicas.
Afirmou que o Governo está a trabalhar para os que vão ficar no sistema possam ter qualidades necessárias para o desempenho das suas atividades.
Dionísio Cumba disse que a marcha de protesto realizada terça-feira pela Frente Comum são direitos que assistem à todos, acrescentando que o Governo vai continuar a fazer o seu trabalho em prol de criação de condições indispensáveis para o desenvolvimento dos dois sectores.
Os Sindicatos dos sectores de Saúde e Educação agrupados na Frente Social, realizaram terça-feira uma marcha pacífica no itinerário frente aa sede do BCEAO até ao Palácio do Governo sob o lema : ”Salvar Saúde e Educação da morte deste regime”.
Na manifestação que percorreu cerca de três quilómetros os técnicos da Saúde empunhavam um cartaz onde se podia ler que a sua tarefa é salvar vidas. Mandá-los para casa « é um atentado à vida humana”.
Os sindicatos exigem a revogação da decisão do Conselho de Ministros, do dia 25 de Agosto, que determina a suspenção de novas admissões nos sectores de Educação e Saúde.