AGP Dialogue national : le président Oligui Nguema échange avec les membres du bureau AGP Gabon : Bientôt un recensement des biens de l’Etat AGP Coopération Gabon-France : un forum économique en perspective APS SENEGAL-PRESIDENTIELLE / Bassirou Diomaye Faye reçu en audience par Macky Sall MAP Afrique du Sud: Zuma exclu des prochaines élections (Commission électorale) MAP La CAF annonce les dates des finales de la Ligue des Champions et de la Coupe de la Confédération MAP Afrique du Sud: 45 morts dans un accident d’autocar au Limpopo APS SENEGAL-ITALIE-TRANSPORTS / ITA Airways va inaugurer en juillet une ligne Rome-Dakar APS SENEGAL-ENVIRONNEMENT / Bonne amélioration des taux d’accès à l’eau et à l’assainissement (expert) ANP Signature de convention entre le Niger et la Société WAPCO Niger pour un programme de formation de talents à Southwest Petroleum University de Chine

“ A mulher rural guineense enfrenta barreiras impostas pelos homens », diz estudo


  20 Décembre      35        Société (44866),

 

 

Bissau, 20 dez 19 (ANG) – Um estudo sobre a situação da mulher guineense do mundo rural aponta para a existência de várias barreiras impostas pelos homens, inibidoras da sua participação nas tomadas de decisão.

Boaventura Santy, coordenador do estudo, promovido pela organização não-governamental guineense, Tiniguena, disse à Lusa que a amostra retrata apenas a realidade de 30 comunidades rurais, mas espelha a realidade vivida em toda a Guiné-Bissau.

« Constatámos que existem barreiras exteriores à afirmação da mulher rural, constituídas pelos homens, mas também concluímos que a pouca instrução dessas mulheres, a pobreza e o excesso de trabalho, são também outros dos fatores para a sua fraca participação nas tomadas de decisão », afirmou Santy.

O também sociólogo e investigador no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) exemplificou que a mulher rural acorda e sai de casa às 06:00 da manhã e só se deita às 22:00, acabando por deixar para os homens a tarefa de decisão sobre os assuntos da comunidade.

« A maior parte dessas mulheres são as provedoras da família, são elas que produzem o que se come, o que se veste e o que se gasta para outras necessidades. São levadas a pensar e incorporar na sua mente que o processo decisório cabe apenas aos homens », sublinhou Boaventura Santy.

O investigador notou que o estudo concluiu que as mulheres rurais « acabam por ficar confinadas apenas à produção de bens de consumo e aos cuidados com as crianças ».

Boaventura Santy realça que o estudo retratou a realidade de 30 comunidades, de Bafatá, no leste, Oio, no centro, e Cacheu, no norte, mas sublinhou que não há dúvidas em como espelha o que se passa na generalidade do mundo rural guineense.

« O estudo, realmente, só veio reforçar o conhecimento que o público tem em relação à situação de dificuldade, de submissão da mulher e a sua limitação em termos de participação nos processos decisórios, tanto a nível da sua comunidade como a nível nacional », frisou Santy.

O investigador acredita ser possível inverter esse quadro desde que o Estado guineense reforce a educação e a instrução da mulher rural, crie reais condições para a sua participação nas tomadas de decisão o que, disse, passa pela eliminação de barreiras culturais e a ideia de imposição por parte dos homens.

O estudo, que é hoje apresentado em Bissau, foi financiado ao abrigo de um projeto do Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da paz na Guiné-Bissau e executado em parceira com o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Dans la même catégorie