MAP ARC33 : Nécessité de renforcer la coopération africaine pour développer une agriculture durable MAP CAN de futsal: « La finale sera difficile face à l’Angola qui va jouer sans pression » (Hicham Dguig) MAP Transformation rurale inclusive en Afrique : Focus sur le rôle de la mécanisation et de la numérisation (Table ronde) MAP Le Maroc, invité d’honneur de la Semaine des Géomètres Experts du Mali MAP Le Togo adopte une nouvelle Constitution AIP MASA 2024 : la CEDEAO octroie deux prix pour encourager la créativité artistique de la jeunesse dans l’espace régional AIP Wêrê wêrê Liking invite les acteurs de théâtre africains à jouer en Amérique Latine AIP L’Africa sport d’Abidjan bat ISCA (1-0) et prend une bonne option pour la ligue 1 APS SENEGAL-SPORT / Les qualités d’un sportif de haut niveau au menu d’une conférence à Saint-Louis APS SENEGAL-COLLECTIVITES-CRISE / Les travailleurs invités à faire des propositions soutenables de résolution de la crise (ministre)

Agricultores de Povoação Velha desesperados com a invasão de vacas às suas propriedades agrícolas


  17 Décembre      45        Agriculture (4138),

 

Sal Rei, 17 Dez (Inforpress) – Os agricultores da localidade de Povoação Velha dizem-se desesperados com a invasão de vacas às suas propriedades, destacando que os animais destroem e consomem plantas com produtos agrícolas “quase prontos” para a colheita.
Cerca de 30 agricultores da localidade de Povoação Velha procuraram a comunicação social para denunciar a situação por que passam e contar os prejuízos sofridos com a invasão de animais aos seus terrenos, na maioria vacas.
Os agricultores lamentam que as vacas tenham consumido os seus produtos agrícolas numa altura que já estavam esperançosos em alguma colheita, ainda que fraca, tendo em conta a pouca chuva que se registou este ano na Boa Vista, após três anos de seca.
“Estamos a passar afronta com vacas de outras pessoas, que nem se quer são de Povoação Velha. Após fazer a monda, quando as plantas já estavam grandes, e quase prontas para fazer a colheita, demos conta que estavam a ser todas devoradas pelas vacas”, disse Maria Santiago, considerando que “é preciso muita coragem para aguentar tal situação”.
Esta senhora, de terceira idade, lamenta o sacrifício que faz juntamente com os filhos, levantando-se cedo para ir à faina agrícola, para mais tarde, afirmou, “não encontrar nenhum excedente agrícola para colher”.
A mesma fonte disse que “não tem cálculo do prejuízo sofrido”, mas garantiu “ser grande a perda de feijão, batatal, entre outras plantações que tinha no seu terreno”.
“Queremos que esta denúncia não fique somente em conversa, e que quem de direito resolva a nossa situação”, espera, sugerindo que “caso for necessário terão que ser os prejudicados a resolver o problema”.
Outra proprietária de uma parcela, Maria Hirondina, contou que também está a passar pelo mesmo constrangimento, mas que, receando perder tudo, decidiu colher, com ajuda de uma filha, sacos de feijão verde e seco, acrescentando que havia ainda feijoeiros carregados de frutos.
“É triste deparar com uma vaca deitada no meu terreno, após devorar toda a plantação”, considerou, ao mesmo que questiona “porque é que os donos ou os pastores não cuidam dos animais”, relembrando que “antigamente, quando se trabalhava na pastorícia, os profissionais desta área aprimoravam para que os animais não invadissem os terrenos agrícolas, de onde provia o rendimento e o sustento da maioria das famílias”.
Maria Hirondina reiterou o pedido de ajuda para resolver esta situação, descrevendo-a de “desagradável”, pois, para ela “há um descaso das entidades competentes”.
“O prejuízo é incrível. Apanhei dois sacos feijão, e esperava somente engrossar mais os feijões para recolhe-los, mas as vacas entraram nos espaços e estragaram aquilo tudo”, exclamou outro proprietário, Marcos Brito, que manifestava esperança nesta colheita que veio a ser infrutífera.
Conforme este agricultor, “não se pode continuar nesta situação que já dura há alguns anos”, frisando, entretanto, que “os terrenos são vedados e que não são campos de pastagem”.
Para Marcos Brito, “os proprietários abandonam os gados na confiança de que não se consegue captura-los facilmente”, considerando que os donos desses animais não aparecem porque ainda não se tomou nenhuma providência”.
Esta proprietária acredita que “se os animais forem capturados”, “imediatamente os seus proprietários iam aparecer”.
Conforme contou a mesma fonte, tem vindo a fazer sempre vários contactos para procurar ajuda para resolver este impasse, informando que há já alguns dias funcionários da Câmara Municipal estiveram na localidade, por duas vezes, garantindo ajuda para organizar a capturar dos animais.
Segundo Marcos Brito, “parece que se esqueceram do caso, tendo em conta que não regressaram mais a Povoação Velha.
Estevão Silva, que tomou a iniciativa organizar, com a ajuda das pessoas daquela comunidade, a captura das vacas selvagens através de cavaleiros, lamentou o facto desta tentativa se revelar difícil.
Por isso, disse que “perante esta complexidade quiseram chamar a comunicação social para esta denuncia”, sublinhando a “revolta sentida e vivida pelas pessoas de Povoação Velha”, a quem não falta a “vontade de capturar as vacas”.
Para que isto não venha a se concretizar, apelou aos donos para ir buscar os seus animais. Atenta que “somente assim se conseguirá resolver este problema”, que tem afectado e criado prejuízos a todos”.
“Troquei mensagem com o vereador da área da Agricultura, mas a Câmara Municipal não demonstra nenhuma posição no sentido de fazer alguma coisa para nos ajudar. Contactamos o delegado do Ministério de Agricultura na Boa Vista, solicitando uma avaliação dos prejuízos nas hortas, tendo prometido enviar um técnico para fazer este trabalho, mas ninguém apareceu”, informou Estevão Silva, indicando que “pelo menos querem saber a soma dos prejuízos”.
“Esta é uma situação que coloca todas as pessoas desta zona triste, porque logo depois da queda das primeiras chuvas, todos foram para a horta trabalhar, e agora ver os animais a consumirem as plantas é lamentável”, concluiu, exemplificando que “a mãe tem recorrido a compra, de entre outras mercadorias, de feijão, quando já tinham estes produtos no terreno quase prontos para serem colhidos”.

Dans la même catégorie