Cidade da Praia, 18 Fev (Inforpress) – O Governo quer o apoio das associações comunitárias para a montagem do Serviço Nacional de Cuidados, anunciou o ministro da Família e Inclusão Social, que considerou que as mesmas têm tido “um papel fundamental” no combate à covid-19.
Fernando Elísio Freire, que falava à imprensa, esta quarta-feira , após visitar a Associação Nós Saúde, em Achada Grande Frente, adiantou que o encontro serviu para lançar o apelo às associações, que segundo o mesmo, tem sido “um grande parceiro” do Governo na execução da política pública, sobretudo a nível social.
“As associações estão e conhecem as comunidades, estão mais próximos e conhecem a realmente as necessidades e as aspirações”, apontou o governante, que assegurou que o objectivo é fazer uma política social que promova a autonomia das pessoas, mas ciente de que os idosos, deficientes e crianças precisam de cuidados específicos.
Para tal, assegurou que o Governo criou o Programa Nacional de Cuidados e quer desenvolver parcerias com as associações a nível nacional para implementar o Serviço Nacional de Cuidados.
“Vamos dar formações de cuidadores, iremos criar condições para que possam actuar no terreno e permitir com que fiquem próximo das pessoas através de cuidados a nível de saúde e de várias ordens para que os idosos possam ter uma velhice com dignidade, para os deficientes aumentaram a sua mobilidade e autonomia e cuidados para as crianças cujas famílias não tem condições”, mencionou.
Fernando Elísio Freire disse ainda que o Governo está disponível para “colaborar e reforçar” as relações com as associações para que as acções sejam “muito mais eficazes”.
“Através das ONG ligadas às igrejas, às comunidades de dimensão nacional, regional e local, fizeram um trabalho extraordinário durante a pandemia da covid-19 e por isso queremos continuar e reforçar a parceria para juntos combatermos a pandemia e promover a autonomia das pessoas e das famílias”, sublinhou.
Por seu turno, o presidente e fundador da Associação Nós Saúde, Raimundo Monteiro, disse que apesar das dificuldades a associação tem prestado um serviço direccionado aos idosos e tem actuado no bairro de Achada Grande Frente e nas comunidades da Cidade da Praia.
Avançou que o encontro serviu também para socializar com o governante o projecto “De mim pa Bô”, criado no âmbito da pandemia da covid-19, e que permitiu chegar a todas as comunidades da ilha de Santiago.
Segundo Raimundo Monteiro, a associação actua no bairro de Achada Grande e nas comunidades da capital do País e conta com o apoio de 20 enfermeiros e dois médicos, que atendem uma media de 30 idosos/mês.