Bissau,21 Nov 19(ANG) – As forças de defesa e segurança que vão trabalhar no dia das eleições presidenciais, próximo domingo (24.11), já estão a votar em todo o território nacional para eleger o futuro Presidente da República, disse esta quinta-feira à DW África, a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) .
« Já começou a votação dos militares e paramilitares que, no dia das eleições, vão garantir segurança ao processo eleitoral. Uma média de 1.600 homens. Quanto aos cidadãos que se recensearam na Guiné-Bissau e que não estarão no país no dia da votação, temos cerca 60 eleitores que vão votar ainda hoje », disse Felisberta Moura Vaz.
A votação antecipada vai decorrer em todas as regiões. « Em Bissau, capital do país, decorre na Comissão Regional de Eleições e também no interior do país tem lugar nas respetivas sedes regionais da CNE », precisou Moura Vaz.
Mais de 700 mil guineenses votam no domingo para escolher o próximo Presidente do país, entre 12 candidatos. A campanha eleitoral termina nesta sexta-feira (22.11). Em entrevista exclusiva à DW África, a CNE garante que, tanto na diáspora como em todo o país, a logística eleitoral está garantida para assegurar eleições transparentes no próximo domingo.
Cada concorrente tem fiscais na mesa de voto.
Nos últimos dias da campanha eleitoral, o candidato suportado pelo segundo maior partido no Parlamento guineense, o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, tem dito que há uma tentativa de fraude eleitoral para favorecer o candidato do partido no poder, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
Sissoco ameaça não aceitar os resultados, tendo afirmado que qualquer irregularidade poderia levar o país a uma guerra civil. O candidato e líder de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), suportado pelo Partido da Renovação Social (PRS), Nuno Gomes Nabian, igualmente vice-presidente do Parlamento, avisou à comunidade internacional que não « vai aceitar que fabrique Presidente, que não ganhou eleições nas urnas ».
À DW África, a porta-voz da CNE minimizou essas afirmações e garantiu que o processo eleitoral da Guiné-Bissau « é dos mais transparentes que existe », por ser fiscalizado passo a passo pelos representantes dos concorrentes nas eleições.