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BCN cofinancia implementação do projecto “visão social” implementado pela câmara de São Filipe


  7 Juillet      67        Santé (15315), social (692),

 

São Filipe, 07 Jul (Inforpress) – O Banco Caboverdiano de Negócios (BCN) vai cofinanciar o projecto ligado a assistência social e acesso à saúde, “visão saudável”, que a Câmara Municipal de São Filipe está a implementar.
No quadro das comemorações do centenário da elevação de São Filipe à categoria de cidade, as duas instituições assinaram hoje um protocolo de parceria no âmbito do projecto “visão saudável”.
O projecto tem por objectivo garantir a assistência social, acesso à saúde e a cuidados oftalmológicos aos munícipes extremamente pobres e com problemas oftalmológicos, com foco em crianças em idade escolar, visando a melhoria do desempenho escolar, e para pessoas idosas e dependentes.
No acto da assinatura do protocolo o administrador do BCN, Paulo Lima, salientou que este protocolo é uma amostra daquilo que a sua instituição quer fazer a nível do país, assumindo o compromisso de melhorar a vida dos que interagem com esta instituição financeira.
O BCN está em todas as ilhas e não pode ficar à margem dos problemas que existem e, é neste sentido, explicou, que a instituição tenta melhorar a vida dos que com ela interagem, não só nos seus negócios através de créditos, financiamentos e produtos financeiros, mas também olhando para a parte social.
“Temos como chapéu principal do nosso valor o “djunta-mon” (solidariedade)”, disse Paulo Lima.
O presidente da câmara, Nuías Silva, referiu que este protocolo mostra aquilo que são as missões convergentes das duas instituições, observando que a câmara tem por responsabilidade, dentro das suas áreas de acção social e saúde, apoiar as famílias extremamente carenciadas ou em situação de extrema vulnerabilidades a melhorar as suas condições de vida.
A câmara tem uma lista com vários pedidos de apoio, sobretudo ligados à aquisição de óculos de crianças em idade escolar de famílias vulneráveis e de idosos, e tenta responder na medida do possível as solicitações.
Segundo Nuias Silva, a autarquia tenta mobilizar parceiros para responder às solicitações e cumprir a sua missão, observando que um dos grandes parceiros é o Governo, mas que ultimamente não tem celebrado nenhum protocolo na área de saúde, levando assim a mobilizar outros parceiros junto da diáspora e internamente.
“O BCN respondeu positivamente à solicitação da vereação da acção social e saúde e ajudou a ajudar a resolver problemas das pessoas”, destacou o edil de São Filipe, indicando que a disponibilidade desta instituição financeira vai ao encontro daquilo que é a sua política de responsabilidade social.
O valor disponibilizado vai permitir à câmara responder parte dos mais de 150 pedidos pendentes, mas como não dá para cobrir todos os pedidos, vai negociar com a óptica para ser parceira deste projecto “visão saudável”, fazendo um desconto comercial sobre os recibos emitidos.
O presidente da câmara referiu que o BCN tem apoiado várias actividades da autarquia e que assume como o “banco de apoio ao processo de desenvolvimento de São Filipe”, sublinhando que a sua edilidade pretende densificar a parceria e que tem alguns projectos que serão submetidos a este banco e a outros para o financiamento.
De entre os projectos que a autarquia pretende recorrer à banca para a sua implementação, Nuías Silva apontou o pavilhão desportivo coberto, que deverá ser fechado até final de 2022 para arrancar em 2023, assim como o centro multiuso de Beltchés, a continuação do processo de asfaltagem e desencravamento de algumas localidades no interior, lembrando que a câmara tem “folga financeira” para fazer acordos com os bancos.
No quadro do programa do centenário da cidade de São Filipe, na programação de hoje destacam-se a divulgação do vencedor da primeira edição do prémio literário Pedro Monteiro Cardoso, a exposição “O baú do Béu”, o lançamento do prémio literário-científico, Dr. Teixeira de Sousa, apresentação do livro “Memórias do Fogo”, da autoria de Raúl Barbosa, e mostras de filmes cabo-verdianos, nomeadamente do “Ilhéu de Contenda”, de Leão Lopes.

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