Sal Rei, 21 Dez (Inforpress) – O Centro de Emprego da Boa Vista, em parceria com Associação de Gestores, Empresários e Profissionais Católicos de Cabo Verde (AGEPC-CV), formou 29 mulheres em corte e costura, que expuseram amostras do resultado do trabalho produzido.
Segundo a directora do Centro de Emprego e Formação Profissional, Elisabete Évora, a acção formativa “estava há muito agendada”, contudo adiada devido à pandemia da covid-19, mas intenção dos organizadores foi sempre concretizá-la antes do final do ano em curso.
Conforme a mesma fonte, após esta primeira fase de formação/aprendizagem em corte e costura haverá a segunda fase, designada Gerar Ideia de Negócio (GIN), para capacitar as formandas com alguns conhecimentos na área do empreendedorismo.
Na sequência deste curso, as formandas expuseram na sexta-feira, 18, à porta do Centro de Arte e Cultura (CAC), uma amostra do resultado do trabalho produzido ao longo da formação.
“Há a possibilidade da venda, mas a produção ainda é irrisória, sendo que é uma formação inicial ainda não há quantidade de produto que dê para fazer uma grande exposição. É somente uma amostra”, afirmou Elisabete Évora, indicando que o objectivo foi integrar na formação pessoas de todas as zonas da ilha da Boa Vista.
Segundo a mesma fonte, cinco das formandas da localidade de Cabeça de Tarafes já tinham frequentado um outro curso na mesma área, com o financiamento do Projecto Tartaruga da Boa Vista, e o Centro de Emprego encontrou uma oportunidade para lhes dar “uma chance” de adquirir os diplomas, que “normalmente deixam muita falta”.
Ainda conforme contou, neste mesmo grupo há uma beneficiária com um kit do IEFP, uma máquina de coser com mais capacidade, no valor de 200 contos, e que a mesma precisava de adquirir mais capacidades para trabalhar na ferramenta de costura, uma forma de ela ter oportunidade para futuramente enraizar o seu negócio.
A título de exemplo, Elisabete Évora adiantou que participaram na formação mulheres ligadas à Igreja Católica, as quais têm intenção de criar uma cooperativa.
A formação permitiu ainda às formandas, segundo a mesma fonte, experiência prática em costurar uniformes para o ensino primário e secundário.
Conforme Elisabete Évora, ao longo dos anos Boa Vista tem vindo a enfrentar problemas na aquisição de fardas e, por isso, se se conseguir ter um grupo de jovens mulheres empreendedoras com uma cooperativa e com capacidade de fornecer estas peças será “um grande ganho” para a ilha.
“A expectativa das formandas foi boa e penso que neste período que se vive, estando muitas no desemprego, a intenção é isto mesmo, ou seja, dar mais capacitação e formação para que consigam criar os seus próprios negócios”, sintetizou Elisabete Évora, para quem, “somente assim se conseguirá desenvolver melhor o País”.
“As pessoas com as próprias ideias de negócio conseguem o seu próprio sustento, e quiçá ainda dar mais postos de trabalho, sendo este um dos objectivos principais do Centro de Emprego de Boa Vista”, finalizou Elisabete Évora.
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