Praia, 17 Nov (Inforpress) – Um grupo de pessoas na ilha da Boa Vista manifestou-se descontente por estarem a aguardar viagem com destino à ilha de Santiago, desde o dia 09 de Novembro, no navio Sotavento.
Este grupo de pessoas, que se encontrava à porta de uma agência de viagens na cidade de Sal Rei, falou segunda-feira a comunicação social para manifestar este desagrado porque, conforme relatam, desde o dia 09 de Novembro esperam viajar à ilha de Santiago, no navio Sotavento que sofreu avaria em alto mar, no mesmo dia que estava agendada esta viagem.
“Estamos indignados porque estamos aqui com viagem incerta sem saber quando poderemos regressar, sem ninguém se dignar em nos dar uma resposta concreta. Vamos todos os dias à agência de viagens e temos sempre a mesma resposta: para regressar no dia seguinte. Estamos abandonados à nossa sorte”, disse Jailson Gonçalves, informando que a agência “limitou-se a avisar-lhes que não era possível retomar viagem”.
A mesma fonte disse que ouviu relatos de que um grupo de viajantes que fazia o trajecto do Sal, via Boa Vista, também com destino à ilha de Santiago, já conseguiu viajar, na sexta-feira, por via aérea.
Entretanto, este grupo que procurou a comunicação social, além de alegar que não têm possibilidades económicas, argumentam ainda que a quantidade (peso) de bagagem e cargas que dispõe, não justifica adquirir a passagem aérea.
Jailson Gonçalves assegurou, ainda, que dentro deste grupo há também pessoas que vivem na ilha da Boa Vista e que estão a regressar definitivamente para Santiago, pelo que esta situação fá-los ficar em situação “mais difícil”, tendo em conta que já entregaram as chaves das casas antes alugadas.
“Não podemos esperar até que arranjem o barco Sotavento para resolver a nossa viagem. Isto é uma falta de respeito”, pontificou Jailson Gonçalves que contou ainda que teve a informação de que outra viagem prevista para o dia 23 deste mês, para a ilha de Santiago, foi também cancelada.
Por isso em única voz, todos apelam para a resolução deste “impasse” justificando que aguardam, há uma semana, na incerteza da agenda da viagem e sem garantias de nada.