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Braille é um instrumento indispensável para a educação e inclusão das pessoas com deficiência visual – Responsável


  5 Janvier      26        Société (44869),

 

Cidade da Praia, 05 Jan (Inforpress) – O presidente da Associação de Deficientes Visuais de Cabo Verde (ADEVIC) considerou hoje que o sistema de escrita Braille é um instrumento indispensável para a educação e inclusão social das pessoas com deficiência visual.
Marciano Monteiro fez essa consideração em declarações à Inforpress, a propósito do Dia Mundial do Braille, que se assinala hoje, 4 de Janeiro, uma data que visa destacar a importância deste método na plena realização dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência visual ou visão parcial.
“Mesmo com o avanço de recursos de acessibilidade, como o livro digital acessível ou áudio livro, o Braille continua sendo uma ferramenta indispensável para a educação e inclusão social das pessoas cegas, principalmente na alfabetização das crianças”, disse o presidente da ADEVIC, avançando que a falta da massificação da escrita Braille no país é uma das grandes lacunas da associação e do Ministério da educação.
Segundo Marciano Monteiro, é preciso que o Ministério da Educação aposte na massificação do ensino da escrita e leitura Braille, em todos os concelhos do país, preparando professores e técnicos educativos.
A massificação deste aprendizado, adiantou, tem de ser nas escolas, uma vez que depende da representação táctil dos símbolos da Matemática, Química, Física, Música, entre outras disciplinas, sem falar dos livros que trazem gráficos, mapas, figuras geométricas e outras ilustrações em relevo para que as crianças cegas tenham acesso às mesmas informações que os alunos que não possuem problema de visão.
“Enquanto ADEVIC, pensamos que a massificação da escrita e leitura do Braille deve ser de fora para dentro. Para que haja uma interacção mais abrangente, é necessário que outras pessoas, as que não tenham problemas de visão, aprendam este sistema”, realçou.
No país, segundo disse, as ilhas de Santiago, São Vicente e São Nicolau são as onde existem mais pessoas cegas que conseguem ler e escrever no sistema Braille.
Conforme Marciano Monteiro, no universo de 13 mil pessoas com deficiência visual, segundo o censo 2010, apenas 100 têm o privilégio de ler e escrever Braille.
Face a isso, lembra que a Escola de Cegos Manuel Júlio tem vindo a lutar para oferecer esta componente às pessoas com deficiência visual, mas que devido ao problema de recursos financeiros e didácticos tem sido impossível chegar a todos , particularmente, aos que residem em outras ilhas.
No âmbito do dia Mundial de Braille a ADEVIC tem em agenda uma acção de sensibilização junto de estudantes e professores, esta terça-feira, 05, no liceu Domingos Ramos na Praia.
“Assim como a escrita tinta, dita normal, tem a sua amplitude, nós também gostaríamos que o ensino de Braille tivesse a mesma amplitude”, augurou Marciano Monteiro.
O sistema Braille de escrita e leitura para cegos, celebrado mundialmente no dia 4 de Janeiro, mostra a importância da inclusão das pessoas com deficiência na tomada de decisões, além da necessidade de inserção no ambiente escolar e académico.
Louis Braille, francês responsável pela criação do método que permite aos cegos lerem, perdeu a visão ainda na primeira infância, tendo inventado o método quando tinha apenas 15 anos ao desenvolver um sistema de célula para leitura por meio do tacto em 1925.
A escrita em Braille era produzida por aparelhos simples, depois, avançou para máquinas de dactilografia apropriadas, compostas por seis teclas de pontos e uma que funciona como espaçadora.
Hoje, os livros em Braille são produzidos principalmente por meio de impressoras computadorizadas. Os dados podem ser inseridos por digitação em teclado ou por scanner.
Segundo a União Mundial de Cegos, apenas 5% dos livros em todo o mundo são transcritos para o Braille. Em países mais pobres, esse percentual é de 1%.
O Dia Mundial do Braille foi comemorado pela primeira vez em 4 de Janeiro de 2019 e criado, segundo a ONU, para aumentar a consciência sobre a importância desse sistema como meio de democratização da comunicação e na plena realização dos direitos humanos entre as pessoas cegas.
O sistema de Louis Braille está contemplado no artigo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência como um dos dispositivos de comunicação essenciais para disseminação da educação, da liberdade de expressão e de opinião entre todos os indivíduos.
PC/JMV
Inforpress/Fim

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