Bissau, 06 Dez 22 (ANG) – O chefe de Estado Ùmaro Sissoco Embalo e igualmente Presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) defendeu a urgente necessidade para encontrar outras formas de mobilização de meios financeiros para operacionalizar o plano de ação 2020/2024 da organização.
Umaro Sissoco Embaló defendeu a referida necessidade na cerimónia de abertura de 62ª Sessão Ordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO realizada no dia 04 do corrente mês em Abuja, na República Federativa de Nigéria.
“As nossas economias têm sido focadas pelos efeitos da pandemia de Covid-19 e da guerra da Ucrânia e Rússia. Por isso, é urgente encontrar outras formas de mobilização de meios financeiros de modo a poder operacionalizar o plano de ação 2020/2024. Também deve ser criada as condições de intervenção da força de CEDEAO na luta contra terrorismo”, acrescentou Embaló.
O Presidente da referida organização disse ainda que, o combate a corrupção nos países membros da CEDEAO é imperativo para assegurar melhores condições às populações. Tendo sublinhado que, o rigor na gestão da coisa pública deve ser uma prioridade na governação.
Umaro Sissoco Embaló informou que, devido o escasso recurso, as reformas que se pretendem implementar na CEDEAO devem obedecer critérios de rigor, de responsabilidade e de uma gestão eficiente e eficaz.
“Gostaria de recomendar que a organização trabalha no sentido de reforçar a paz e a segurança, garantir melhor integração regional, promover e assegurar a boa governação e garantir o desenvolvimento inclusivo e sustentável”, apelou aquele responsável.
Por fim, o Presidente da CEDEAO agradeceu Presidente da República de Nigéria e as suas autoridades pela hospitalidade e pelo constante apoio prestado à mesma Organização.
Os chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) apelaram à junta maliana para libertar até 1 de janeiro de 2023 os 46 soldados marfinenses presos no Mali desde julho deste ano.
Os países membros da CEDEAO decidiram criar uma força regional dedicada a intervir não só contra o jihadismo, mas também em caso de golpe de Estado, que a região tem experimentado vários ao longo dos últimos dois anos.
“Os líderes da CEDEAO decidiram recalibrar a nossa arquitetura de segurança”, disse Omar Touray, Presidente da Comissão da CEDEAO, para quem a decisão trata-se de a organização encarregar-se da sua “própria segurança” e “não depender de atores externos”, sublinhando que os países estão “determinados a estabelecer uma força regional que intervenha quando necessário, quer se trate de segurança, terrorismo ou restauração da ordem constitucional nos Estados-membros”.
A propagação do jihadismo a partir do norte do Mali chegou ao Burkina Faso e a Níger e estende-se ao sul e ao Golfo da Guiné. Os exércitos nacionais têm cooperado com atores externos, como a ONU, a França e a Rússia. A insegurança é um fator-chave nos golpes militares que abalam a região desde 2020, no Mali, no Burkina Faso e por outras razões, na Guiné Conacri.
Sobre esse assunto, os oficiais militares da região reunir-se-ão na segunda quinzena de janeiro para discutir modalidades para estabelecer a força regional, anunciou Touray, acrescentando que os líderes da África Ocidental decidiram não confiar apenas em contribuições voluntárias que já mostraram as suas limitações, sem dar mais detalhes.
A Cimeira presidida por Umaro Sissoco Embaló, Presidente em exercício da conferência dos chefes de Estado da CEDEAO analisou também a situação política no Mali, no Burkina Faso e na Guiné Conacri, três países suspensos dos órgãos de decisão da organização da África Ocidental.