Bissau, 26 Mai 23 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau(ANIE-GB), anunciou esta sexta-feira a sua candidatura ao cargo de presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS).
Mamadu Iero Djamanca fez este anúncio hoje numa conferência de imprensa.
Disse que vai concorrer , “porque o país não tem uma CCIAS digna e idónea, e o que tem está mergulhada numa ilegalidade tremenda”.
Djamanca disse que há vários anos que as eleições não foram feitas na CCIAS, razão pela qual defende que devem ser feitas, o mais depressa possível para que esta casa possa ser organizada.
Enumerou algumas irregularidades que diz estarem a ser verificadas nessa instituição, entre as quais, a Assembleia gerais de 2010 onde um grupo de comerciantes proibiram outro grupo de entrar no hotel onde estava a decorrer o ato.
Acrescentou que nova eleição foi forçada em 2015 sem cumprir com os pressupostos e que houve recurso ao tribunal que resultou numa providência cautelar que impediu a realização do referido ato.
“Depois de tudo isso, já passaram sete anos, continuamos a não ter uma Câmara coberta de legitimidade da parte dos comerciantes da Guiné-Bissau e continuamos a ter uma Câmara cuja direção está em exercício de funções”, frisou Mamadu Djamanca para acrescentar que se trata de uma situação anti-estatutária.
“O que está a passar neste momento é contra tudo, contra vontade de todos e ainda contra os estatutos da Câmara. Temos uma Câmara invadida por pessoas que são todas outras coisas, menos comerciantes. Por isso, os comerciantes do nosso país não procuram esta Câmara que existe hoje”, revelou.
O Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau acusou ainda a atual direção da CCIAS de ser filial de um partido político, sustentando que todas as pessoas que estão aí são nomeadas por partido político.
Segundo aquele responsável, a direção da CCIAS, por ter sido invadida por pessoas que não são comerciantes, não sentem na pele o que é ser comerciante, por isso, não defende os comerciantes.
Disse que o lugar do Presidente da Câmara está vazio e deve ser preenchido, e que ele, enquanto empresário vai concorrer à esse cargo.
Sublinhou que a sua candidatura é de empresários, comerciantes, industriais, agricultores, artesões, inclusive, família de indústria de pescas, transportes e outros que estão desamparados.
A CCIAS prevê para o decurso deste ano a eleição de novos corpos sociais.
