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Covid-19/Boa Vista: Cargas do barco Padre Benjamim retidas no porto com alimentos que correm risco de estragar


  23 Mars      41        Société (44867),

 

Sal Rei, 23 Mar (Inforpress) – As cargas do Padre Benjamim estão retidas no porto de Sal Rei, desde sexta-feira, contendo alimentos que, segundo os comerciantes, correm o risco de estragar e ficar sem reabastecer a ilha e nem as suas próprias famílias.

O agente do navio Gelson Pereira falou desta situação que, a seu ver, é “preocupante” tendo em conta que a carga (sete contentores e dois atrelados) do navio saiu da Praia na segunda-feira, via a ilha do Sal e chegou na Boa Vista na sexta-feira contendo na maioria alimentos que já podem estar a estragar.

“Tendo em conta que determinaram que os tripulantes do navio não poderiam sair do navio, sugerimos para colocarem a carga ali dentro do porto”, explicou Gelson que sugeriu então que deixassem as pessoas entrar respeitando as regras.

Ou seja, segundo o mesmo, para cada pessoa entrar com luvas e máscaras aos poucos para tomarem as cargas. Mas mesmo assim, disse que “não aceitaram”.

Gelson Pereira relembrou ainda que “o Governo decretou quarentena para passageiros e não para barcos com cargas”. Pelo que analisa: “vai dificultar o abastecimento na ilha caso começar a faltar comida para a população”.

Já os comerciantes que estão no porto, receiam perder tudo e pedem para retirar as suas cargas não somente para vender, garantindo “não subir os preços”, mas também para o próprio consumo da família.

Any Teixeira uma das comerciantes que tem produtos retido no barco, como banana, batata, cebola e papaia receia agora ficar sem as mercadorias no valor de 500 contos. Pois a esta altura diz que já devem estar a estragar.

“Desde sexta-feira estou aqui no porto a insistir, inclusive no sábado voltei para tentar de novo e ver se teriam algo resolvido. Hoje estou aqui desde cedo sem se resolver nada”, conta a comerciante que questiona o que vai fazer com a mercadoria que poderá já não servir nem para a venda, nem para o consumo.

Any Teixeira conta ainda que tem duas crianças em casa e quer fazer quarentena como todos. Por isso repetiu quer retirar a sua carga em condições.

A mesma garante que assim que conseguir tirar a carga vai respeitar as regas e retê-la dentro de casa e se a pedirem para vender também vai cumprir.

Nené di Fogo é outra comerciante que está na mesma situação. Acrescentou que também tem mercadorias no valor de quase 300 contos. A mesma considerou também que se não os deixam entrar no porto ao menos que coloquem as mercadorias fora para que cada um retire a sua carga.

“Quero que resolvam esta situação. Porque como devem imaginar nós também não queremos continuar aqui na rua correndo risco, temos pressa para irmos também para casa”, concluiu.

“Se garantiram que a quarentena é para passageiros e não para comida, se a comida já está na Boa Vista, agora estamos a ser impedidos de a tomar. Inclusive as minhas mercadorias garanto que vou levá-las directamente para casa”, relata Conceição que conta que tem nas suas cargas feijão, bolachas, alimentos ideais para as pessoas irem administrando durante o período de quarentena.

A mesma pede colaboração de todos para tentar encontrar uma solução.

Ademais todos os comerciantes que estão no porto a revindicar as suas cargas sentem-se injustiçados.

Isto porque, conforme disseram, houve empresas que conseguiram retirar as suas cargas dentro de contentores do Porto para as suas lojas e que a estas alturas já devem estar a comercializar os seus bens.

Gelson Pereira voltou a falar com a comunicação social referindo que tem já a informação de que o navio está agora retido na cidade da Praia onde ficará também de quarentena.

“Padre Benjamim é um barco de carga que faz este trajecto Praia-Boa Vista carregando sempre comida, se ficar agora retido na cidade como é que poderá trazer de novo comida para reabastecer as pessoas e os comerciantes”, questionou o agente do barco padre Benjamim.

 

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