Cidade da Praia, 17 Jun (Inforpress) – O director nacional da Polícia Judiciaria (PJ), António Sebastião Sousa, realçou hoje a necessidade de um trabalho conjunto entre as diversas entidades para fazer face ao crime de lavagem de capitais, tendo em conta a sua complexidade.
Aquele responsável que falava aos jornalistas na sequência da realização, na Cidade da Praia, de uma formação intitulada “Reforço das Capacidades de Luta Contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental” disse que a PJ tem condições para investigar esse tipo de crime, mas salientou a necessidade da cooperação e formação contínua.
António Sebastião Sousa adiantou que, segundo avaliação nacional de risco, o crime da lavagem de capitais está mais associado ao crime de tráfico de drogas. Contudo, indicou há outros riscos associados às actividades económicas, como são os casos de corrupção e a fraude fiscal, afectando o próprio Estado de direito democrático.
“Sabemos que é um crime de difícil detecção, uma vez que os criminosos tentam usar os meios sofisticados para dissimularem as vantagens provenientes do crime e por isso há a necessidade das entidades que têm competência nesse domínio de trabalharem em conjunto. Há também necessidade da cooperação internacional para fazer face a esse fenómeno que é cada vez mais pernicioso”, sustentou.
Neste sentido destacou a pertinência dessa formação e destacou também o facto de a mesma ser financiada pela Grupo Intergovernamental de Acção contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (GIABA), através da União Europeia, o que, na sua perspectiva, demonstra que esse combate tem de ser feito com base na cooperação internacional.
A formação é destinada aos investigadores da Polícia Judiciária, pessoal afecto à Unidade de Informação Financeira (UIF), magistrados do Ministério Público e Judiciais, funcionários das Alfândegas e dos Registos e Notariado.
MJB/ZS