Bissau, 08 Jan 20(ANG) – O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) apelou hoje ao ministro da Educação Nacional, Investigação Científica e Ensino Superior, enquanto responsável máximo da política educativa, a usar todos os mecanismos legais de forma a normalizar o funcionamento das escolas, atualmente afectadas pela greve dos professores.
Bacar Darame que falava em conferência de imprensa, disse estar preocupado com a greve em curso, decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) que também afectou o sector de ensino.
Bacar Darame afirmou que, enquanto estrutura máxima, defensora da classe estudantil não permitirá mais greve no sector de ensino guineense.
“Estamos no espaço regional e comunitária onde existe a competividade. Não podemos continuar a ter má qualidade de ensino em detrimento de outros países”, disse.
Exortou o Chefe de Estado, primeiro-ministro e a ministra da Função Pública para se empenharem na busca de solução para travar a greve na função pública e no sector de ensino.
Darame ameaçou que, se a greve continuar no sector de ensino guineense, a CONAEGUIB não vai dar mais conferências de imprensa nem entrevistas à comunicação social , porque terá que mudar de estratégia de reivindicação.
Em relação a expulsão de cinco alunos dirigentes da Associação Estudantil do Centro Escolar Attadamun, considerou a medida da direcção do centro de uma “vergonha” para o Estado da Guiné-Bissau.
Sustentou que qualquer entidade pública ou privada tem de atuar na base da lei, lembrando que, logo no início do ano lectivo 2020/2021 houve um desentendimento entre a direcção da escola e professores, o que motivou a reivindicação da associação estudantil que exigiu o retorno às aulas, mas que resultou na expulsão de cinco alunos.
Disse que a sua organização pretende intentar uma previdência cautelar contra o Centro Escolar Attadamun sobre a expulsão dos cinco alunos que estão em risco de perder o ano lectivo 2020/2021.