Ciudad de Praia, 21 Mar (Inforpress) – O presidente do Instituto de Investigação do Património Cultural (IPC), Jair Fernandes, admitiu, no final da visita à região Fogo/Brava, que em São Filipe existem muitos edifícios devolutos, cujo estado de conservação carece de uma intervenção.
“Já identificamos esses edifícios e com a câmara, esboçamos algumas ideias, pese embora não podemos fazer intervenção se não houver garantia dos proprietários”, afiançou o presidente do IPC, para quem São Filipe é um caso particular porque a maioria dos edifícios com um alto grau de protecção a nível patrimonial, pertence a privados e são propriedades fragmentadas com vários herdeiros/donos, uns residentes e outros não, o que dificultado na identificação dos mesmos para eventual intervenção.
A mesma fonte salientou que estão identificados alguns desses edifícios que podem vir albergar algum projecto cultural e social, mas pelo facto de não se conseguir identificar o proprietário para propor uma parceria de intervenção, fica “mais complicado” pensar numa estratégia integrando o privado.
“Acredito que a câmara terá as ferramentas para o efeito, nomeadamente através do código de postura municipal”, declarou, indicando que existem outras que poderão ser utilizadas para resolução desta questão, como a efectivação dos regulamentos e dos planos municipais, o novo regime de património cultural, em fase de finalização, que irá responsabilizar o Estado (Governo e/ou câmara) a identificar os proprietários e propor medidas de gestão ou cogestão para salvaguarda desses imóveis.
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