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Fogo: Professor diz que livro “Ao Sabor dos Ventos” é um convite à história da ilha e da cidade de São Filipe


  30 Mars      64        Arts & Cultures (3055),

 

São Filipe, 30 Mar (Inforpress) – O livro de crónicas de Gilda Barbosa, intitulado “Ao Sabor dos Ventos”, lançado na quarta-feira, 29, na cidade de São Filipe, é um convite à história da ilha e da cidade centenária, defendeu o professor Fausto Rosário.

No seu depoimento no acto do lançamento, o professor e activista cultural referiu que o livro no seu todo não é uma “aula de história, mas um convite à história”, porque, explicou, a autora não quer dar lições de histórias da ilha e da cidade a ninguém, mas que o livro é um convite à história da própria ilha.

“Há um capitulo especifico do livro em que a autora, de forma muito despretensiosa, chamou de ‘historinha do Fogo’, mas essas afinal são grandes histórias e grandes momentos históricos do Fogo como a batalha de Pico Pires, a epidemia da cólera mórbida de 1855, as medidas administrativas que modificaram completamente a cidade, vista por uma pessoa que é uma memória privilegiada desta cidade”, declarou o professor e activista cultural.

Segundo o mesmo, não se pode esquecer que a autora nasceu em 1939 e que tendo em consideração que a memória começa a formar-se a partir dos 10 anos, dos 100 anos da cidade de São Filipe, 70 foram vividos por Gilda Barbosa, estando, por isso, perante alguém que tem autoridade para falar sobre isso.

Para Fausto Rosário, não só faz sentido ler e divulgar o livro, como debater a ilha e a cidade.

“’Ao Sabor dos Ventos’ não é um livro pacífico, estamos a falar de alguém que representa e se assume dentro de um determinado estrato social e que aborda questões como aristocracia foguense, o cemitério de baixo, o chamado sobrado, trazendo seu ponto de vistas”, disse o professor, sublinhando que é um “contraponto interessante” de quem vive e tem uma percepção “muito interessante” sobre a cidade e a ilha do Fogo.

Para o mesmo, “Ao Sabor dos Ventos” é “sem dúvida uma fonte histórica extraordinária” para compreensão da cidade e da ilha e é, sobretudo, “um grande convite” ao debate, ao estudo e à investigação.

O responsável da livraria Pedro Cardoso, Mário Silva, numa mensagem enviada, já que não pôde deslocar-se à ilha do Fogo, disse que constitui uma honra para a livraria poder contar com Gilda Barbosa no seu catálogo de publicações, especialmente num momento em que publicou o seu centésimo título.

“’Ao Sabor dos Ventos’ constitui uma importante obra para a cultura cabo-verdiana e, em especial, para a ilha do Fogo, que é culturalmente muito rica, mas que não tem tido a projecção mediática que merece”, destacou Mário Silva na sua mensagem.

Segundo a mesma fonte, a obra já está à venda na Cidade da Praia e nas principais livrarias portuguesas Almedina, FNAC e Bertrand, podendo ser adquirido ainda no site da Sílaba Edições e na plataforma portuguesa de venda de livros online Wook, adiantando que o lançamento coincidiu com a sua publicação em Portugal da versão e-books.

“Com a publicação desta obra, a autora não salda totalmente a dívida que tem para connosco, de partilhar o seu imenso saber sobre Cabo Verde e o Fogo. As contas ficarão quites quando der à estampa todas as crónicas que publicou no Jornal Terra Nova e os escritos que tem no baú”, disse Mário Silva na sua mensagem, sublinhando que a Livraria Pedro Cardoso está disponível para publicar o segundo volume, se a autora assim o entender.

A curadora da Casa da Memória, Monique Widmer, que esteve também envolvida na edição do livro, fez a apresentação da biografia da autora, mas também de como se pode ler o livro, que segunda a mesma, o leitor pode começar pelo início, meio ou fim, consoante o desejo, lembrando que escrever para jornal é diferente que fazê-lo para livro.

A mesma foi encarregada de fazer a leitura da mensagem do casal Ondina Ferreira e Armindo Ferreira, que fizeram todo o trabalho de revisão, tendo a mensagem do padre Fidalgo, antigo director do Jornal Terra Nova, lida por um padre.

Todos foram unânimes em destacar o valor e a contribuição do livro para o conhecimento da história da ilha e da cidade.

Sobre a eventual publicação de um segundo volume, Monique Widmer, salientou que a autora tem outros escritos e que se houvesse outras pessoas interessadas em ajudar a ver o espólio que Gilda Barbosa tem em casa, além dos artigos do jornal Terra Nova podia valer a pena a sua publicação, porque ela pode facultar os documentos desde que haja pessoas disponíveis para ajudar.

Se assim for, acrescentou, os outros artigos e outras memórias do passado podem ser dados a conhecer em nova publicação.

Gilda Barbosa não se assume como escritora, mas referiu que o livro pode ser a sua memória.

“Nunca pensei em escrever um livro sobre o que escrevia no jornal Terra Nova, porque não sou escritora, mas ‘escrevedeira’. Gosto de escrever porque é uma maneira de uma pessoa extravasar os seus sentimentos, mas não sou escritora”, declarou a autora, que não sabe se estará em condições de responder os desafios lançados para um segundo volume, porque, “este deu muito trabalho”, finalizou.

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