Cidade da Praia, 13 Ago (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Praia garantiu quinta-feira que no período de dois meses a autarquia vai controlar a situação dos resíduos sólidos no município, apelando, contudo, à contribuição dos praienses neste sentido.
Francisco Carvalho fez esta revelação à imprensa, à margem do fórum” os desafios dos jovens no pós-covid-19″, evento realizado no âmbito da Semana da Juventude 2021, organizado pela câmara da Praia.
O edil informou que a questão de saneamento terá uma “revolução jamais feita na capital”, atestando que a autarquia esteve a fazer um estudo, análise e diagnóstico para poder conhecer bem a realidade do município e apresentar propostas estruturantes.
Segundo avançou, a câmara encontra-se numa fase de compra de 20 camiões, mas deve cumprir todas as orientações da contratação pública.
O autarca referiu-se também sobre um estudo da quantidade dos resíduos sólidos que as famílias produzem e, a partir disso, determinar o número de camiões e contentores necessários para estabilizar e dar resposta municipal em saneamento.
“O estudo indica que temos de ter 20 camiões e o dobro dos 550 contentores que temos hoje”, indicou, sublinhando que “no máximo de dois meses toda a situação estará controlada”.
Por outro lado, asseverou que a problemática do saneamento tem “uma outra dimensão importante” que é a sensibilização, sendo “o desafio maior” a “mudança de mentalidade dos munícipes”.
“Estamos a investir na aquisição de camiões e contentores e acreditamos que os praienses vão aderir na perspectiva de que ‘Praia é di nos tudo’”, afiançou.
O presidente da Câmara Municipal da Praia foi instado ainda sobre as dívidas da autarquia para com empresas privadas, que na sua maioria são da construção civil, e respondeu que a autarquia está nesse processo, anunciado que há empresas que já receberam 80 por cento (%) do valor
“Portanto, recuperamos a linha de responsabilidade enquanto Estado, honramos as dívidas que encontramos, pagamos as empresas, independentemente de terem feito trabalho para nós ou não”, advogou, tendo revelando uma dívida de 20 mil contos a uma empresa a quem foi pago 80% do montante.
“Isso para demonstrar que temos sentido profundo do que é o funcionamento do Estado, sem nenhum processo de retaliação, e não há nenhum ruído a nível do sector empresarial, porque têm consciência do esforço que temos vindo a fazer”, acrescentou.