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Governo diz que confiança das famílias cabo-verdianas “está em alta” e oposição defende um crescimento “mais inclusivo”


  18 Décembre      16        Politique (25163),

 

Cidade da Praia, 18 Nov (Inforpress) –  O primeiro-ministro disse hoje que a confiança das famílias cabo-verdianas “está em alta”, com o seu rendimento a “aumentar”, enquanto a oposição defende que o país precisa de uma “nova agenda económica” e um crescimento “mais inclusivo”.

Segundo o chefe do Governo, em Cabo Verde se nota uma “dinâmica crescente” dos privados no sector das micro, pequenas, médias e grandes empresas, além de se registar uma “maior confiança” dos jovens na sua capacidade empreendedora.

“O desemprego está a diminuir [em Cabo Verde] mesmo num contexto de três anos de secas severas e maus anos agrícolas”, apontou o chefe do executivo.

Ulisses Correia e Silva fez essas considerações no último debate parlamentar com o primeiro-ministro do presente ano, cujo tema foi a família e inclusão social.

Para o primeiro-ministro, o Governo está a cumprir o seu programa social, orientado para as famílias e segmentos “mais vulneráveis da sociedade”.

“Estamos a intervir e a investir, criando condições para que todas as crianças, adolescentes e jovens tenham acesso e permaneçam nas escolas”, assegurou, indicando que para 2020 o Governo assumiu o “reforço do pilar social”, em que o Orçamento do Estado prevê um investimento na ordem de 24,5 milhões de contos.

Na perspectiva de Correia e Silva, o Governo está a trabalhar para uma “melhor inclusão territorial”, através do desenvolvimento local e regional, em que, afirmou, a prioridade vai para a “dinamização da economia de cada uma das ilhas”.

De acordo com as suas palavras, o desenvolvimento sustentável constitui o “maior desafio” de Cabo Verde.

“O enquadramento da boa governança pelos princípios e valores que reforçam as condições de eficiência e eficácia dos programas sociais está a ser conseguido através da integração de políticas públicas que convergem para a redução da pobreza”, apontou Correia e Silva, lembrando que os últimos dados do Índice do Desenvolvimento Humano apontam que o país subiu dois pontos.

Destacou, ainda, o rendimento nacional ‘per capita’ que, segundo ele, “cresce 12,6% (por cento) relativamente a 2015”.

Por sua vez, a líder do maior partido da oposição (PAICV),  Janira Hopffer Almada, fez saber ao primeiro-ministro que o país precisa de uma “nova agenda económica que coloque os cabo-verdianos no centro das políticas públicas e que gere mais empregos dignos”.

“O crescimento económico que interessa a Cabo Verde é um crescimento que seja inclusivo e que sirva as pessoas”, sublinhou a deputada da oposição, para quem o país precisa avançar com “reformas profundas” nos sectores da administração pública, sistema educativo, sistema eleitoral, sistema judicial e do poder local.

Janira Hopffer Almada chamou a atenção para a necessidade de se garantir a “transparência na gestão da coisa pública”, assim como uma “luta sem tréguas”  contra a corrupção e no combate ao “enriquecimento ilícito”.

“Em Cabo Verde, as desigualdades sociais estão a aumentar a olhos visto”, constatou a líder da oposição, para quem a grande maioria das pessoas “não está a sentir o crescimento [económico] propalado pelo Governo”.

Na sua perspectiva, a riqueza gerada “não está a ser distribuída, de forma justa, e as oportunidades não estão a ser partilhadas, para potenciarem a redução das desigualdades”.

Isto, prosseguiu a líder do PAICV, tem consequências, nomeadamente o “clima de insatisfação, o ambiente de instabilidade social e o aumento da criminalidade e o sentimento de impunidade, que se pode registar a olho nu”.

O deputado da UCID, António Monteiro, alinhando pelo mesmo diapasão que o PAICV, declarou que há uma “décalage muito grande” entre o que se diz e o que é a prática.“É preciso fazer muito mais porque ainda há milhares de família a passarem grandes dificuldades”, sublinhou o parlamentar eleito nas listas dos democratas cristãos, apontando que há famílias com dificuldades em “garantir uma infância tranquila aos seus filhos”.

Citou casos de algumas localidades no município do Tarrafal de Santiago e alguns  bairros da Praia e São Vicente onde, segundo ele, “é difícil a vivência” das famílias.

Entretanto, posição diferente tem a bancada parlamentar que suporta o Governo, tendo o seu líder defendido que a família e a inclusão social “ocupam um lugar central nas preocupações” do executivo.

“Esta afirmação resulta de opções políticas claras, cujos efeitos se fazem sentir na vida social e económica dos cabo-verdianos”, sustentou Rui Figueiredo Soares, para quem, em matéria de políticas sociais, o Governo tem dado provas de uma “nova atitude” no relacionamento entre o Estado e a sociedade, “em contraste com o assistencialismo e o populismo”.

Relativamente às medidas com impacto no rendimento das famílias, Figueiredo Soares apontou a regularização dos pendentes de progressões, promoções, reclassificações, actualização salarial para o quadro comum da administração pública, aumento do salário mínimo nacional de onze mil para treze mil escudos, assim como o aumento de pensões do regime contributivo e não contributivo e o aumento da pensão social de cinco mil escudos para seis mil escudos.

“Com a entrada em vigor do projecto financiado pelo Banco Mundial, iremos seguramente alargar o número de beneficiários do Rendimento Social de Inclusão para mais de quatro mil famílias durante dois anos”, prometeu o líder do grupo parlamentar do MpD.

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