Cidade da Praia, 24 Fev (Inforpress) – O ICIEG, em parceria com a Alta Autoridade para a Imigração (AAI), promoveu esta quinta-feira, na Praia, um workshop destinado a mulheres migrantes para que estas possam conhecer os seus direitos e estimular a sua participação cívica.
“A ideia é falar com elas, apresentar os direitos, os principais quadros legais e estimular a sua participação na sua vida activa, nas comunidades e no geral”, disse à imprensa a presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho.
Para que a formação fosse possível, explicou, foi necessário ajustar-se os horários no pós-laboral, uma forma, segundo Marisa Carvalho, de demonstrar que cada mulher que vive em Cabo Verde, seja migrante ou nacional, é importante.
A ideia, ressaltou, é que as mulheres migrantes aprendam a “desafiar” as instituições para a promoção e realização de actividades que necessitam, assim como as instituições possam aprender “como podemos chegar até elas e realizar outros workshop com outras temáticas”.
A presidente da AAI, Carmem Furtado, ao usar da palavra lembrou que a mulher “é importante” e, por isso, deve conhecer os seus direitos, principalmente, se estiver a viver fora do seu país de origem, onde passa, por vezes, por muitos problemas.
“Todos quanto estão fora do seu país passam por muitos problemas, pelo que devem conhecer a lei e os direitos que possuem no país onde residem. Mulheres migrantes estão perante vários desafios, pelo que devem ter conhecimento para conquistar e alcançar o que pretendem”, disse.
Além destes, apontou ainda a educação e formação como outros desafios que bloqueiam o desenvolvimento da mulher migrante.
Participam nesta formação intitulada de “Direitos e ferramentas de participação democrática” e desenvolvida no âmbito do projecto “Promover a participação das mulheres nos processos democráticos”, com o financiamento da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), 20 mulheres migrantes.
O workshop, realizado na semana em que se comemora o Dia Mundial da Justiça Social (20 de Fevereiro), além de permitir às mulheres imigrantes conhecerem os direitos e as ferramentas participativas existente na democracia cabo-verdiana, é uma forma de fomentar maior participação e eliminação das desigualdades sociais, fundamental para alcançar uma maior e melhor justiça social.
Para além de Praia, outros concelhos irão receber formação de género destinada a mulheres migrantes.