Bissau, 14 Jan 21 (ANG) – O presidente do sindicato de base dos trabalhadores da empresa INACEP anunciou hoje o levantamento da greve de 15 dias, após quatro dias de negociações com o patronato e que culminou com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre as partes.
De acordo com Walter Mendonça, consta no referido memorando o pagamento dos atrasados salariais, a melhoria das condições de trabalho, o controlo das receitas e despesas e a redução do pessoal.
O Memorando de Entendimento à que Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, indica ainda que o patronato aceitou a criação de uma caixa única de pagamento nas instalações da empresa, pagamento de forma alternada dos três meses de atrasados salariais de 2020, a partir do mês de Maio próximo e fixou-se a data para o pagamento do salario em atraso correspondente ao mês de dezembro de 2020
Ao abrig
o desse memorando, a Direcção se comprometeu a envidar esforços no sentido de levar a cabo o saneamento ou seja a redução do pessoal num período de seis meses e regularização das questões de segurança social do pessoal na situação de reforma.
“A Direcção da INACEP, o Sindicato de Base e a Secretaria de Estado da Comunicação Social devem doravante encetar diligências coordenadas junto do Ministério das Finanças, com vista a conseguir o pagamento faseado da divida contraída pelo Estado para com a empresa”, refere o documento.
Acrescenta que a Direcção da INACEP se compromete em não proceder ao desconto de faltas aos funcionários por adesão à greve.
No memorando, o patronato comprometeu-se criar uma Comissão Tripartida, de controlo das receitas e despesas da empresa, composta por elementos da Direcção da Empresa, Sindicato de base e da secretaria de Estado da Comunicação Social.
Em declarações a Agência de Notícias da Guiné (ANG) Walter Mendonça avisou que o incumprimento de qualquer ponto constante no memorando assinado leva à retoma da greve .
Mendonça justificou que exigem a redução do pessoal, porque “existe muitos funcionários que não produzem”.
Os trabalhadores da INACEP observavam desde 6 de janeiro uma paralisação prevista para 15 dias, exigindo do patronato o pagamento dos salário em atraso e regularização dos trabalhadores na seguração social entre outras.