Cidade da Praia, 09 Out (Inforpress) – O Tribunal agendou para a próxima segunda-feira, 12, o arranque do julgamento do caso da morte do agente policial Hamylton Morais, baleado no bairro de Tira Chapéu, Cidade da Praia, no dia 29 de Outubro do ano passado.
A informação foi avançada à Inforpress por uma fonte judicial, acrescentando ainda que o julgamento irá acontecer entre os dias 12 a 14 de Outubro.
Neste caso em apreço, as acusações da prática, em autoria material, de um crime de homicídio simples e mais outro de disparo, recaem sobre um agente da Polícia Nacional, de 38 anos, que desde Novembro último está em prisão preventiva.
Em Abril deste ano o Ministério Público comunicou a acusação de mais um indivíduo no referido caso que remonta a 29 de Outubro de 2019.
Tudo aconteceu numa terça-feira, quando, por volta das 00:15, o Serviço de Piquete da Polícia Nacional foi chamado, através do Centro de Comando, para intervir junto de dois indivíduos que se encontravam armados e em situação “muito suspeita” na zona de Tira Chapéu, na Cidade da Praia.
No local, ao se aperceberem da presença policial, os suspeitos puseram-se em fuga sendo imediatamente perseguidos, resultando dali disparo de arma de fogo, que terá atingido o agente de primeira classe, Hamilton Morais, que foi socorrido imediatamente pelos colegas e transportado para o Hospital Agostinho Neto, onde viria a falecer, momentos depois, referiu na ocasião a PN em comunicado.
Na ocasião a PN chegou a capturar um indivíduo suspeito, mas este veio a ser liberado pela Polícia Judiciária, por não haver provas que este seria o autor do crime.
O agente Hamylton Morais era, segundo a PN, um profissional “exemplar, dedicado e muito querido” pelos seus colegas e amigos.
Estava na corporação havia 16 anos, tendo trabalhado na ilha Brava e na Cidade da Praia.
A Polícia Nacional lamentou também profundamente a perda deste colega realçando se tratar de um “excelente profissional”, tendo endereçado à família enlutada as mais sentidas condolências.
Por seu turno, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, reagiu a este caso com muita “consternação e preocupação”.