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Justiça/Presidente da LGDH acusa chefe de Estado de ter « esquadrão de repressão »


  13 Octobre      23        Justice (1667),

 

 Bissau,13 Out 20(ANG) – O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário Silva, acusou esta segunda-feira (12.10) Umaro Sissoco Embaló de defender a violência ao afirmar: « Quem não se cuidar, alguém há de cuidar dele ».

Mário Silva ainda acusou o Presidente Sissoco embaló de  criar um « esquadrão de repressão » para implantar o terror e limitar a liberdade dos cidadãos.

« O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, tem adotado, como método do seu consulado, a implantação de terror para controlar a mente e liberdade de expressão dos cidadãos.Para a materialização desta sua intenção maléfica emergiu em Bissau um esquadrão de repressão cuja referência moral é supostamente o senhor Umaro Sissoco Embaló, que, com a bênção deste, anda a espalhar terror em tudo quanto é sítio », salientou.

O presidente da Liga falava em conferência de imprensa realizada na Casa dos Direitos, em Bissau, onde dois ativistas do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, partido político no Governo e o partido do Presidente) acusaram alegados  elementos do batalhão da Presidência de os terem espancado na Presidência da República.

Os dois ativistas, Carlos Sambú e Queba Sani (Kelly), revelaram que foram raptados no bairro da Ajuda, na capital guineense, por um militar e por Tcherno Bari, mais conhecido por ‘Tcherninho’, da segurança do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

O Madem-G15 já condenou o ataque aos dois ativistas. Também o primeiro-ministro guineense, Nuno Nabian, afirmou no sábado  que ninguém está acima da lei no país, nem o próprio, nem o Presidente da República, e que os autores dos alegados espancamentos de dois ativistas políticos serão levados à Justiça.

O chefe de Estado guineense já tinha lamentado o sucedido aos dois ativistas. Em declarações em Lisboa, no aeroporto Osvaldo Vieira, após ter regressado da sua visita oficial a Portugal, Umaro Sissoco Embaló disse que os dois eram como seus filhos e que os iria receber em Bissau.

Em reação às declarações de Sissoco Embaló, que acusou a Liga Guineense dos Direitos Humanos de ser parcial, Augusto Mário Silva recorda que a Liga « foi a primeira organização a denunciar o rapto do deputado Marciano Indi ». Nota ainda que, no caso do Armando Dias, dirigente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a intervenção da Liga permitiu que tivesse acesso a um advogado e medicamentos.

« Queremos garantir ao senhor Presidente que a Liga Guineense dos Direitos Humanos não tem uma agenda seletiva na sua luta pela consolidação do Estado de Direito democrático. Nunca o teve e nem nunca o terá », salientou.

Na declaração à imprensa, a organização não-governamental de defesa dos Direitos Humanos aconselhou também o chefe de Estado a ter uma « conduta republicana digna das funções que ocupa, evitando deste modo proferir declarações que instiguem à violência e ao ódio ».

A Liga Guineense dos Direitos Humanos ainda indicou que os vários casos de ataques contra ativistas políticos e jornalistas que têm acontecido no país « evidenciam fortes indícios de que teriam sido materializados por homens do tal esquadrão de terror que conta com o beneplácito do Presidente ».

Augusto Mário Silva sublinhou que a Liga tem de condenar « tanta barbárie », que « visa criar um clima de terror e de medo generalizado » e que é um « retrocesso nas várias décadas de conquista » de um Estado de Direito.

A Liga disse também que na República da Guiné-Bissau « ninguém está acima da lei » e que todos os cidadãos têm o direito de « recorrer aos órgãos jurisdicionais para garantir a responsabilização do infrator ».

Augusto Mário Silva deixou também críticas ao Ministério do Interior, que, segundo ele, em vez de proteger os cidadãos, passou a ser « símbolo de tortura e de repositório de cidadãos sequestrados »

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