Cidade da Praia, 28 Jan (Inforpress) – O karateca Carlos Varela, inicialmente apontado como concorrente à recandidatura do presente reeleito da Federação Cabo-verdiana de Karaté, contesta a forma como a assembleia-geral de sábado foi conduzida, alegando estar “ferida de ilegalidade” e pede anulação do processo eleitoral.
Em declarações à Inforpress, Carlos Varela avançou que a sua equipa vai levar esta contestação “até às últimas consequências” junto da Direcção-Geral dos Desportos e das instâncias judiciais, por entender que o processo que reconduziu João Correia à presidência da direcção “foi completamente viciado”.
Alegou ser esta a razão que levou a sua equipa a pautar-se pela ausência nesse escrutínio.
É que para Carlos Varela, a mesa da assembleia-geral foi constituída por integrantes da lista do candidato reeleito em representação das regiões desportivas do Fogo, Boa Vista, Santo Antão e São Vicente e que ao mesmo tempo conduziram a eleição, razão pela qual, foi peremptório em afirmar que “foi um processo completamente errado e viciado”.
“A reeleição do Sr. João Correia para a presidência da FCK não passa de mais uma manobra premeditada de o manter à frente da FCK. Isto porque, todo o processo de eleição foi conduzido sem cumprir os regulamentos da FCK e da Comissão Eleitoral”, explicou Varela nesta contestação, asseverando que estes elementos estavam a mando do próprio presidente da direcção reeleito.
Os eleitores, segundo Carlos Varela, “foram totalmente arquitectados e manipulados para favorecer a lista de João Correia, isto porque conforme a lista emitida pela Federação de Karaté no dia 20 de Janeiro, as Associações em pleno gozo de poderes” foram representadas pelas pessoas de confiança e não pelos seus titulares.
Outrossim, disse que o presidente da assembleia-geral tinha sido destituído de uma maneira incorrecta, de forma premeditada a se criar uma Comissão criada com pessoas da sua confiança, a quem foi incumbida a tarefa de dirigir a assembleia, para a apresentação de contas e a condução do processo eleitoral.
Por tudo isto, Carlos Varela afiançou que “o Karaté em Cabo Verde mais uma vez fica manchado de intransparência” e todo o processo de eleição foi conduzido sem cumprir os regulamentos da FCK e que só resta a sua equipa recorrer junto das instâncias desportivas e judiciais para “reposição da veracidade dos factos”.