Cidade da Praia, 18 Ago (Inforpress) – O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, reconheceu hoje o “trabalho incansável” que os diplomatas cabo-verdianos têm feito em prol do desenvolvimento do país, desde há 45 anos a esta parte.
“Se Cabo Verde é o país que é hoje, é graças à sua “diplomacia activa e competente” e, sobretudo, que põe os interesses do país acima de tudo.
Segundo Luís Filipe Tavares, todos estes instrumentos contribuíram de “forma indelével” para o patamar onde se encontra hoje.
O governante fez essas considerações no acto de abertura do Ateliê Temático sobre o Financiamento do Desenvolvimento e Novo Paradigma da Diplomacia pós-Pandemia Covid-19.
Para Luís Filipe Tavares, a diplomacia cabo-verdiana é algo que, inquestionavelmente, “orgulha a todos”, mas os desafios de hoje, disse, “são de outra natureza e mais complexos”, o que demanda “novas capacidades e atitudes”.
Para ele, a actual conjuntura requer uma diplomacia “mais integrada” em espaços políticos e económicos, que lhe projectem a outros níveis e propiciem outras oportunidades “mais consentâneas” com as ambições de Cabo Verde.
“Em face da conjuntura pós-pandemia, deveremos priorizar esses espaços [políticos e económicos] na certeza de que deveremos ter mais notoriedade nos espaços multilaterais”, indicou o chefe da diplomacia cabo-verdiana, para quem o país deve pugnar-se pelas melhores práticas internacionais em matéria de financiamento ao desenvolvimento.
Luís Filipe Tavares considera que os desafios que o país tem pela frente “são de monta”, mas que a vontade e convicções dos cabo-verdianos “são ainda maiores”, pelo que o país sairá vitorioso.
Cabo Verde, afirmou, tem uma “excelente diplomacia e quadros muito competentes que sempre fizeram um excelente trabalho”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades exortou, ainda, aos diplomatas cabo-verdianas a contribuírem para o reconhecimento e afirmação de um “tratamento diferenciado” dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
Na sua perspectiva, é “muito importante” que em 2030 o país tenha uma capacidade redobrada de apresentação de “projectos credíveis” e que a diplomacia cabo-verdiana está apta para vender, no bom sentido da palavra, o país la fora, e, para tal, são necessários projectos “consistentes e muito bem elaborados”.
“Temos que atrair muito mais investimentos para o nosso país e temos que ser muito mais pró-activos”, apontou, acrescentando que a competência dos diversos sectores é “fundamental” para, no futuro, o alavancamento da diplomacia cabo-verdiana.
Este evento, que contou com 105 participantes, entre diplomatas cabo-verdianos no exterior e especialistas nacionais e estrangeiros, foi transmitido em videoconferência.
LC/ZS
Inforpress/Fim