Bissau,31 Dez.20(ANG) – O Presidente da República disse em mensagem à Nação por ocasião de fim de ano que vai negar ser apenas mais um presidente de turno, entregue à sua rotina, à velha tradição de um exercício presidencial “muito próximo de irrelevância”.
“Ganhei a disputa eleitoral. Mas não é para me tornar, simplesmente, mais um presidente de turno, entregue à sua rotina, à velha tradição de um exercício presidencial muito próximo da irrelevância”, disse Umaro Sissoco Embalo na tradicional mensagem à Nação de fim de ano.
O Presidente da República disse que ganhou para mudar, para reformar, para retirar a Guiné-Bissau do ponto-morto em que se encontrava há décadas, respeitando os preceitos constitucionais.
“Posso afirmar, sem qualquer exagero, que os meus dez primeiros meses de mandato já forneceram bastantes provas de que a situação está a mudar e vai continuar a mudar para corresponder as legítimas aspirações dos guineenses”, destacou o Chefe de Estado.
Sissoco Embaló disse que, com o novo ciclo político, já em curso, o ano 2021 marca também o início de uma década, a de 2021-2030, que será de 10 anos de “grandes desafios”.
Afirmou que será um tempo desafiante para que a sua geração, que denomina de “Geração de Concreto”, deixe legados de uma Guiné-Bissau diferente, de desenvolvimento económico e de justiça social.
“Como aconteceu e ainda está a acontecer no mundo, a Guiné-Bissau também não escapou aos graves efeitos da pandemia da Covid-19. O estado de saúde da população guineense, o desempenho escolar das crianças e jovens, a actividade económica entre outras, todas foram atingidas com maior ou menor intensidade”, referiu.
O Presidente da República sublinhou que, sendo a Guiné-Bissau um país pobre e, decorrente disso, com um sistema de saúde pública longe de ser completamente resiliente aos choques da pandemia, o Estado não poupou esforços, desde o início, para debelar e controlar a anunciada crise sanitária.
“Foi criada, por decreto presidencial, a Alta Autoridade de Luta contra a Covid-19, que permitiu agilizar, no plano funcional, quer o acompanhamento, quer a resposta aos riscos e às ameaças derivadas da evolução da pandemia”, frisou.
Felicitou em particular, a presença, no terreno, de um Missão Médica Cubana, que veio reavivar os profundos laços de solidariedade que ligam os povos guineense e cubano, desde a luta de libertação nacional.
“Aos profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, auxiliares, quero deixar, em nome do Povo da Guiné-Bissau, o meu reconhecimento pelo esforço consentido e por tudo que fizeram para, no contexto difícil da pandemia, correr riscos, tratar doentes e salvar vidas”,disse Umaro Sissoco Embaló.
O Chefe de Estado desejou que 2021 seja ano de celebração da unidade nacional e de orgulho de ser Guineense.