Cidade da Praia, 22 Jul (Inforpress) – A ministra da Educação e Inclusão Social informou hoje que 52 por cento (%) dos agrupamentos escolares estão cobertos com laboratórios tecnológicos e que este ano lectivo vão arrancar com o ensino das TIC no Ensino Básico.
Maritza Rosabal fez este anúncio à imprensa depois de ter presidido, na cidade da Praia, à cerimónia de abertura do ateliê para repensar a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em educação em Cabo Verde, destinado a todos os professores e coordenadores da área das TIC dos agrupamentos de Santiago.
A disciplina das TIC tem sido leccionado no país desde 1996, mas, segundo a governante, tem sido destinado aos alunos do secundário como uma preparação para a entrada no Ensino Superior ou para formação profissional, entretanto, neste momento o ministério quer levar esta disciplina para o Ensino Básico.
Segundo informou, neste novo ano lectivo vão introduzir módulos de 30 horas no 5º e 6º de Ensino Básico, uma vez que até agora já foram instalados 44 laboratórios tecnológicos no país, o que significa que 52 por cento (%) da rede escolar, no que diz respeito ao agrupamento, está coberto.
“Estamos a desenvolver este processo e em 2 anos temos esses 52%, mas, sobretudo, temos de desenvolver os recursos humanos, porque às vezes podemos ter equipamento, como já aconteceu, e depois não termos os recursos humanos necessários”, disse, assegurando que vão continuar neste processo de mobilização de equipamentos para as restantes escolas e que este ano vão reforçar a gestão das escolas com novos equipamentos.
Ainda, informou, vão disponibilizar um pequeno pacote que vai permitir acesso aos alunos, das zonas mais isoladas e periferias, a Tablet.
Entretanto, segundo a ministra, o grande desafio não é só disponibilizar o equipamento, mas sim é saber como é que vão capitalizar esses equipamentos e como é que os docentes se vão apropriar deste novo paradigma que são as TIC na base para a vida, isto é, no EBI.
“Todo o mundo quando termina o oitavo ano de escolaridade tem que estar preparado e familiarizado. Estamos num contexto em que as crianças têm mais domínio como utilizadores do que os próprios docentes. Isto é um grande desafio porque é utilizar as tecnologias como uma ferramenta de produção de conhecimento e de desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem”, salientou.