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Ministro da Administração Interna remete esclarecimentos sobre desaparecimento de crianças para Ministério Público


  4 Février      58        Securité (2979), Société (44878),

 

Cidade da Praia, 04 Fev (Inforpress) – O ministro da Administração Interna remeteu para o Ministério Público o caso de crianças desaparecidas na Praia, nomeadamente de Nina e Filú, que esta quarta-feira completaram três anos fora da casa dos pais, sem sinais do seu paradeiro.
“Não sei dos meandros de investigação que estão na posse do Ministério Público que tem conduzido essa investigação”, disse o governante, acrescentando que todos “anseiam pelo desfecho [desse casos] e espera que Cabo Verde, de facto, saiba aquilo que aconteceu”.
“Continuamos todos expectantes a confiar nas autoridades de investigação, designadamente na Polícia Judiciaria e no Ministério Público”, indicou o ministro, à margem da conferencia de imprensa que proferiu na qualidade de porta-voz do Conselho de Ministro.
Esta quarta-feira completaram-se três anos que Clarisse Mendes (Nina) e Sandro Mendes (Filú), saíram de casa para comprar açúcar, em Água Funda, na Cidade da Praia, e não regressaram, deixando em lágrimas os pais e os familiares.
Na altura, Filú tinha dez anos e Nina estava a completar 12. Apesar de buscas efectuadas pelos familiares naquela noite e, depois, pelas autoridades, as duas crianças nunca foram localizadas.
Os pastores de Achada Limpa, que conviveram de perto com as duas crianças, classificam-nas como meninos “educados que deixaram saudades”, porque eram “queridos por todos”.
Na sequência do desaparecimento dos netos, de acordo com os pastores locais, a avó Bianina, passou a sofrer de algumas “perturbações mentais”.
Entretanto, Arlinda Mendes Cabral (Isa), mãe do Filú, ainda acredita que os dois primos hão-de aparecer.
“Sentimos muita falta deles [Nina e Filú]. Há um vazio dentro de nós. Eu com a minha dor e a minha mãe com a dela”, lamenta Isa, assegurando que está com a esperança de que os dois primos “estão vivos”.
O primeiro caso de desaparecimento de pessoas na capital aconteceu em Agosto de 2017, com Edine Jandira Robalo Lopes Soares, 19 anos, que deixou a casa em Achada Grande Frente, alegando levar o bebé para o controlo no Programa Materno-Infantil (PMI), na Fazenda, sendo que até hoje, a mãe e filho continuam desaparecidos.
Na mesma altura, desapareceu, também na Cidade da Praia, Edvânia Gonçalves, 10 anos, no bairro de Eugénio Lima, cujas ossadas foram encontradas mais tarde na localidade de Ponta Bicuda, Achada Grande Trás, Praia, e apresentadas pela Polícia Judiciária como sendo dela.
Entretanto, por despacho do procurador-geral da República, foi criada uma equipa conjunta, composta por elementos da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, coordenada por um procurador da República, para trabalhar exclusivamente nos casos de desaparecimento de pessoas.
O desaparecimento misterioso de seres humanos em Cabo Verde tem inquietado o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que exigiu respostas por parte das autoridades. A sociedade civil também tem manifestado a sua inquietação. É o caso do Cardeal Dom Arlindo Furtado, que classificou a situação “muito preocupante, grave e chocante” e, segundo ele, há “qualquer coisa que está a acontecer que não dá para entender”.

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