Cidade da Praia, 24 Ago (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, defendeu hoje a necessidade de se olhar para Cabo Verde como uma nação digital, onde as pessoas têm identidade e residência digital e o território esteja conectado consigo próprio e com o mundo.
Olavo Correia, que discursava esta manhã nas actividades comemorativas aos 180 anos da Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV), disse que a INCV tem de se adaptar para ajudar a acelerar a dinâmica da digitalização do País, rumo à construção dessa nação digital e para prestar um serviço neste novo quadro e neste novo contexto.
O também ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e ministro da Economia Digital defendeu ainda que isso obriga a um processo de adaptação e que essa adaptação não é apenas uma questão meramente tecnológica, mas sim um desafio que implica, acima de tudo, mudanças e coragem.
“Mudança de atitudes, de comportamento e de competência das pessoas e do modo como as empresas, neste caso a INCV, e as entidades públicas se organizam internamente e se relacionam com os seus parceiros. Esta mudança é uma mudança inevitável, é uma mudança incontornável, não há forma de parar essa mudança, nós temos uma alternativa, adaptarmos a esse novo quadro”, frisou.
Ainda nas suas declarações, Olavo Correia, fez referência à gráfica de segurança, orçado em cerca de 470 mil contos, que, segundo disse, permitirá a INCV alargar o seu leque de produtos e serviços, possibilitando-lhe, a curto prazo, personalizar os documentos de segurança, nomeadamente passaportes, cartões de identificação, cartões de residência, cartas de condução, entre outros documentos de segurança.
“Também criar condições para, a médio prazo, passar a elaborar os referidos documentos em Cabo Verde, garantindo-nos uma autonomia no território, mas também nós queremos criar as condições para alargar a prestação de serviços à nossa sub-região africana, que também precisa de serviços de qualidade. Nós temos as condições para prestar este serviço”, completou o governante.
Para o cumprimento deste objetivo, a Imprensa Nacional conta com a “parceria estratégica” da Imprensa Nacional Casa da Moeda de Portugal.
Olavo Correia lançou ainda um repto à INCV no sentido de se ajustar os preços das publicações, de modo que o custo, não seja entrave para o exercício do dever de publicitação de actos oficiais.
Ainda no quadro dos 180 anos da Imprensa Nacional de Cabo Verde está patente uma exposição sobre a história, a cultura e as gentes das ilhas, bem como a apresentação da 4ª obra distinguida com o prémio literário Arnaldo França.