Cidade da Praia, 30 Out (Inforpress) – A conferência sobre o processo de informação estatística educacional da CPLP, realizada em formato virtual, visou o intercâmbio entre os países membros e criar um quadro de relacionamento, para a superação de eventuais obstáculos nos diferentes estados.
“Cabo Verde tem apostado fortemente no reforço da cooperação na área da estatísticas e, também, no sector de avaliação”, disse quinta-feira à Inforpress o director-geral de Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOG) do Ministério da Educação (ME), José Manuel Marques.
Segundo este responsável, as áreas das estatísticas permitem aos países dispor de indicadores para avaliar as políticas públicas e manter informada a sociedade, sobretudo os investigadores e os demais que se interessam em acompanhar as acções, neste caso, no contexto da educação.
Para o DGPOG do ME, é necessário que os países tenham não só “estatísticas fiáveis”, mas também um “processo de produção de dados robusto”.
Na perspectiva de José Manuel Marques, em termos de produção estatística relativa à educação, os estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa encontram-se em estágios diferentes, pelo que o objectivo da referida conferência é o de criar um “alinhamento para a padronização do processo” a nível dos diferentes países.
Durante a conferência, disse José Manuel Marques, Cabo Verde pôde partilhar a sua experiência no domínio da implementação das inovações introduzidas no arquipélago no sector do Sistema Integrado de Gestão Escolar (SIGE), que, realçou, é um “instrumento crucial” em ordem a garantir um “processo de produção estatística em tempo oportuno e fiável”.
Instado a pronunciar-se sobre em que estágio se encontra a produção estatística no sector da educação, congratulou-se com o facto de, durante a conferência, Cabo Verde ter sido “parabenizado” pelos diferentes países participantes do evento.
“Cabo Verde deu um passo significativo com a implementação do SIGE e hoje temos um sistema que permite saber, em cada momento, a situação da vida escolar”, pontuou o
director-geral de Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Educação, acrescentando que, deste modo, se consegue dispor de elementos de mais valia para a tomada, na hora, de decisões, seja a nível local ou a nível central.
Garantiu, por outro lado, que com esta inovação o Ministério pretende que todos os intervenientes tenham acesso à mesma informação, o que permite a “igualdade de acesso para todos”.
José Manuel Marques adiantou à Inforpress que com a implementação generalizada do SIGE, deixou de ser necessário o envio de dados via outras fontes, reduzindo assim o “desperdício de tempo” e facilitando o acesso à base de dados em tempo real.
Em seu entender, com tal inovação pretende-se, por um lado, uma “maior capacidade” de seguimento e avaliação do sector educativo em tempo real, e, por outro, uma “optimização de recursos”.
Além de maior velocidade no acesso às informações, o SIGE proporciona, ainda, “maior transparência” na implementação de políticas públicas no sector da educação.