Bissau, 18 Nov 22 (ANG) – O Partido da Unidade Nacional(PUN), declara, em comunicado, que não reconhece a nenhuma entidade, colectiva ou individual, o direito de colocar em causa a sua existência, que diz ter sido mantida a custo de enormes sacrifícios da sua direcção e dos seus membros activos.
A declaração do partido liderado por Idriça Djaló vem expressa no comunicado de agradecimento, publicado na pâgina oficial do partido, dirigido aos militantes , à sociedade civil, população na Guiné-Bissau e da diáspora, e à todos que têm manifestado a sua solidariedade para com o partido, devido a decisão de sua extinção da cena política nacional anunciada recentemente pelo Supremo Tribunal de Justiça e que esta formação política diz ser , “ilegal e arbitrária”.
De acordo com o mesmo comunicado, o PUN tem sido uma das poucas forças partidárias guineenses, que ao longo dos anos, mais contribui para a edificação da democracia e do Estado de Direito na Guiné-Bissau, com intervenções permanentes em defesa dos direitos, das liberdades e das garantias do povo guineense.
Acrescenta que o referido partido tem igualmente sido incansável na apresentação de propostas e vias para solucionar as crises recorrentes, criadas pelo mesmo grupo que hoje pretende negar o direito à sua existência.
“Nos últimos sete anos, tem sido evidente que a voz enérgica e assertiva do PUN, a elevar-se permanentemente contra as derivas, arbitrariedades e agressões, corrupção institucionalizada, narcotráfico, impunidade e injustiças em curso no país, incomoda os detentores da força e do poder”, refere o comunicado.
Salienta que o posicionamento coerente e responsável do PUN, granjeou o respeito da população mas também a inimizade dos antipatriotas empenhados em destruir a Guiné-Bissau e aniquilar os fundamentos de uma democracia duramente conquistada.
O Partido da Unidade Nacional, segundo o comunicado, reitera a sua postura de combatividade, utilizando para tal, todos os recursos e meios legais, em todas as instâncias devidas, para fazer reverter esta “ordem ilegal, liberticida e injusta”.
No mesmo comunicado, o Partido da Unidade Nacional sustenta ainda que nenhuma manobra encapotada em decisões judiciais poderá fazê-lo desistir da sua missão que é de “ser o defensor do povo guineense”.
O Supremo Tribunal de Justiça, produziu um Despacho no passado dia 14 em que extinguiu 28 partidos políticos por não cumprirem com o ultimato desta maior instância judicial do país, que dentre outros exigiu a atualização dos seus órgãos, comprovativos de existência de mil militantes e uma sede própria.