Lisboa, 21 Jul (Inforpress) – O desenho de uma estratégia de actuação por parte do tecido associativo cabo-verdiano em Portugal deve passar pela diversificação das fontes para angariação de recursos financeiros/sustentabilidade económica das mesmas, recomenda um estudo.
Segundo os coordenadores do estudo “Associativismo cabo-verdiano em Portugal: dinâmicas do presente e prespectiva para o futuro”, Jorge Malheiros e Ana Paula Horta, as recomendações deixadas devem ser assumidas como pistas para a construção de uma estratégia de intervenção.
“Diversificar as fontes para angariação de recursos financeiros/sustentabilidade económica, não só tirando partido das oportunidades institucionais existentes ligadas a ofertas públicas, mas também procurando novos apoios e novos formatos de fundos”, apontaram, indicando que esses novos apoios podiam ser, por exemplo, nas fundações e no sector empresarias.
O reforço do compromisso com os associados, intensificando o diálogo com estes, com destaque para os jovens (imigrantes e descendentes), no sentido de melhorar respostas existentes e de intensificar o processo de renovação de dirigentes, foi outra recomendação deixada.
Com o mesmo objectivo, o estudo propõe o trabalho das necessidades das organizações mais frágeis do movimento associativo, no sentido de assegurar a sua sustentabilidade, assim como “reformular e intensificar” o quadro de relações com o sector empresarial e fundacional, em Portugal, em Cabo Verde, nos principais territórios da diáspora e no resto do mundo.
“Intensificar as parcerias estratégicas, quer internas, quer externas (nacionais e no estrangeiro), no sentido de ganhar massa crítica, de reforçar a capacidade de obter e concretizar projectos e de realizar melhores actividades”, sugere também o estudo.
A mesa fonte propõe, ainda, renovar as relações com as instituições públicas, apostando numa cultura de confiança e de co-produção de conhecimento e de actividades que emerja de uma “efectiva reafirmação” do movimento associativo imigrante, enquanto estrutura essencial das respostas sociais às necessidades das populações imigrantes e dos seus descendentes.
O estudo “Associativismo cabo-verdiano em Portugal: dinâmicas do presente e prespectiva para o futuro” teve o acompanhamento da Federação das Organizações Cabo-verdianas (FOCV) em Portugal, presidida por Felismina Mendes.