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Portugal: Pugilista internacional cabo-verdiana ambiciona dedicar-se a 100% ao boxe


  26 Septembre      49        Sport (12694),

 

Lisboa, 26 Set (Inforpress) – A pugilista internacional cabo-verdiana Nancy Moreira, medalha de prata no Campeonato Africano de Boxe, categoria de 63-66 quilogramas, gostaria de dedicar todo o seu tempo ao boxe e qualificar-se para os Jogos Olímpicos de 2024.
A ambição foi feita em declarações à Inforpress, em Lisboa, pela atleta que reside no norte de Portugal, depois de regressar de Moçambique, onde decorreu o Campeonato Africano de Boxe, uma competição com 35 países, em que Cabo Verde conseguiu medalhas com os dois únicos pugilistas que participaram, sendo prata para Nancy Moreira e bronze para David Pina.
“Tenho uma hamburgueria em parceria com o meu marido onde ganho o dinheiro para me sustentar, mas estando em torneios tenho que colocar outras pessoas para trabalhar, o que complica financeiramente a minha condição. O que pretendo fazer futuramente é deixar o meu trabalho e me dedicar somente ao boxe para conseguir a qualificação próximo ano. Mas para isso preciso de ter condições para me sustentar”, confessou.
Nancy Moreira lamenta a questão financeira que tem criado “muitas barreiras”, mas acredita que se o País quer melhores resultados, deve “investir mais nos atletas”, frisando que ela, várias vezes, teve que “pagar para representar” a selecção nacional, assim como os estágios são suportados por ela, sem esquecer os equipamentos para poder se apresentar “correctamente nas competições”.
“No meu caso que já não tenho adversárias ao meu nível em Portugal, tenho que jogar sempre em torneios internacionais, o que implica alguns custos. Apesar de ser uma atleta com bolsa olímpica, o que ajuda bastante, não consigo fazer mais do que duas competições com esse valor disponibilizado pelo COI [Comité Olímpico Internacional]”, contou.
Por tudo isso, a atleta Nancy Moreira, quinto lugar no Mundial de Boxe Feminino, em Istambul, campeã de África Zona 2 e Bronze no África Games 2019, sublinha que “os maiores desafios tem sido jogar com atletas que vivem apensas do desporto”.
“Eu treino duas vezes por dia, mas trabalho muito, o que não ajuda a minha performance”, admitiu a cabo-verdiana que avalia satisfatoriamente a sua participação no Campeonato de África das Nações de Boxe, mas com “plena consciência que alguns erros devem ser corrigidos”
Após o sorteio, e por atraso de alguns países, Nancy Moreira conseguiu a medalha de prata depois de disputar e perder a final da categoria de 63-66 quilogramas com a argelina IchrakChaib, atleta medalha de bronze nos mundiais da Turquia.
“Éramos apenas dois, o meu colega David Pina provou que está ao mesmo nível que os outros atletas, tendo feito uma prestação incrível e responsável”, referiu sobre o Campeonato Africano de Boxe, que decorreu de 11 a 18 de Setembro, em Moçambique, e contou com cerca de 400 atletas em representação de 35 países.
Aos jovens, Nancy Moreira deixa a mensagem é que “existem dois caminhos: o certo e o errado, e o errado é bem mais fácil o correcto é difícil, mas gratificante”.
“A todas as mães e donas de casa como eu, para lutarem pelos vossos sonhos, sei que é difícil, muitas vezes vão estar cansadas cheias de coisas para fazer, mas se não tentarem e lutarem ninguém vai fazer isso por vocês. Não arranjem desculpas e sim soluções. Sejam fortes, lutem pelo vosso sonho”, concluiu.

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