Luanda,29 de Setembro (ANGOP) – O Presidente da República, João Lourenço, exortou, nesta terça-feira,29, à união para a construção do país próspero que os angolanos almejam e apontou a produção interna como saída para suplantar as dificuldades que Angola enfrenta.
Ao falar no acto de tomada de posse dos membros do Conselho Económico e Social, o Titular do Poder Executivo precisou que as actuais dificuldades são derivadas do baixo preço do petróleo (principal produto de exportação do país) no mercado internacional e da progressão da Covid-19.
Segundo o Chefe de Estado, trata-se de uma aposta que deve contar com o investimento privado nacional e estrangeiro na agricultura, nas pescas, na indústria, no turismo, na imobiliária e outros ramos da economia nacional.
O Presidente João Lourenço entende que juntos se possa encontrar “as melhores saídas desta situação difícil em que nos encontramos, mas que será ultrapassada se trabalharmos unidos e com optimismo e esperança em dias melhores”.
A tempestade passará, prosseguiu o Presidente, mas a bonança só vem com o trabalho organizado e abnegado dos melhores filhos da pátria, daqueles que procuram fazer bem o que sabem fazer, colocando esse saber em prol do desenvolvimento económico e social do país.
O Estadista referiu que a situação de Angola é transversal a praticamente todos outros países, industrializados e não industrializados, mais ou menos desenvolvidos, produtores e não produtores de petróleo.
Recordou que todas as economias do mundo foram seriamente afectadas pela baixa dos preços do petróleo bruto e mais recentemente, desde o início do corrente ano de 2020, pelo surgimento e alastramento à escala planetária da pandemia do Covid-19.
Na sua intervenção, João Lourenço afirmou que nos três anos de acção governativa procurou sempre trabalhar com a sociedade civil organizada, com as ONG’s, as igrejas, as associações profissionais e empresariais, que têm ajudado a encontrar os melhores caminhos na solução dos problemas económicos e sociais que o país enfrenta.
De acordo com o Chefe de Estado, a criação do Conselho Económico e Social é consequência da experiência positiva no trabalho que o Grupo Técnico Empresarial vem desenvolvendo com o Executivo para o melhor enquadramento do sector empresarial privado na economia.
O Conselho Económico e Social é um órgão de reflexão de questões macroeconómicas, empresariais e sociais, que está à disposição do Titular do Poder Executivo para efeitos de consulta em matérias do interesse do Governo.
É autônomo e não integra a administração pública. Dele fazem parte 45 membros, escolhidos entre especialistas reconhecidos nas áreas das ciências económicas e sociais, empresários e gestores com experiência notável ao nível nacional e internacional, cumprindo um mandato de dois anos.