Cidade da Praia, 16 Dez (Inforpress) – O grupo parlamentar do MpD visitou os serviços da Enapor e da Alfândega da Praia para se inteirar dos “reais problemas e das propostas de soluções” nesta altura de crise económica e social causada pela pandemia.
Em declarações à imprensa, a membro do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, poder), Filomena Gonçalves, explicou que esta visita à Empresa Nacional de Administração dos Portos (Enapor) e à Alfândega da Praia serviu para se inteirarem, sobretudo nesta quadra festiva e também porque se está num ano atípico, de como tem decorrido os despachos, principalmente das pequenas encomendas, com a instalação de scanner.
A parlamentar falou ainda nos incentivos que foram dados aos operadores e que, por isso, quiseram também ver o impacto dos mesmos na importação.
“Também para ver em termos administrativos, de tramitação dos processos e de timing para o desembaraço das encomendas como é que está e quais são as perspectivas, sobretudo nesta quadra festiva”, continuou.
Filomena Gonçalves disse ainda que o grupo parlamentar recebeu informações segundo as quais, neste momento, pode existir “alguma reclamação” porque houve um barco que veio dos Estados Unidos e que esteve na ilha de São Vicente desde o dia 04 de Novembro e que só agora, no final do mês de Novembro, chegou à Praia.
“Normalmente, os barcos que vêm dos Estados Unidos trazem entre 2.000 a 3.000 mil volumes para serem despachados, sobretudo em pequenas encomendas, e isto faz com que haja uma maior demanda”, precisou.
Esta deputada ressaltou ainda que, não obstante o quadro que o País apresenta neste momento, os barcos continuaram a vir “com regularidade normal” da Europa.
“Quer dizer que isto acabou também por levar um pouco ao estrangulamento dos armazéns porque a alfândega esteve parada do mês de Maio a mês de Julho por causa da pandemia”, declarou a mesma fonte, o que fez com que, continuou, “muitas encomendas que não foram reclamadas” ficassem nos armazéns, e também porque a lei especial suspendeu a contagem dos prazos.
Uma situação que, segundo Filomena Gonçalves, tem causado “um outro embaraço”, mas, afirmou, está-se a dar “o máximo para resolver os problemas”.
“Neste momento, há um alargamento do horário, já estão a trabalhar até às 17:00. No sábado passado trabalharam até às 13:00”, finalizou.