Cidade da Praia, 14 Fev (Inforpress) – Parceiros do projecto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no setor florestal em Cabo Verde (REFLOR-CV)” estão reunidos, em São Domingos, com enfoque na melhoria na gestão florestal e aumento da resiliência para fazer face às mudanças climáticas.
Segundo a gestora do projecto, Luísa Morais, são dois dias de trabalho com maior enfoque e concentração no trabalho de construção de uma visão integrada para gestão florestal e aumento das resiliências às alterações climáticas.
“O projecto tem um enfoque muito grande na questão da construção da adaptação e resiliência às mudanças climáticas e o sector florestal e um sector muito importante para a construção dessa resiliência”, sustentou.
O encontro que tem lugar em Rui Vaz, no concelho de São Domingos, está inserido, de acordo com a mesma fonte, no quadro das actividades de reforço institucional inscritas no projeto REFLOR-CV.
Luísa Morais lembra que foram constituídos quatro grupos temáticos de trabalho: de planeamento, da monitorização, das salvaguardas e da governança e são transversais aos vários sectores da economia, com interesse numa abordagem do espaço florestal centrada no território.
“No final do dia queremos sair daqui com um esboço do mapa de actores, ou seja, os principais interessados nesse processo e queremos sair também com uma definição de um plano de trabalho para os próximos meses para cada desses grupos”, disse.
Durante a sessão haverá também momentos de formação, sendo uma em disgnóstico rural participativo e outra sobre instrumentos de seguimento, planeamento e monitorização.
REFLOR-CV é um projecto é do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela União Europeia e em execução pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O principal objectivo é o de aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra em Cabo Verde.
Tem uma meta de alcançar, nos próximos três anos, cerca de 800 hectares (área correspondente a 800 campos de futebol) em termos de novas áreas arborizadas e plantadas e com espécies mais adaptadas para a construção da tão desejada resiliência.