Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) – O grupo de Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), designado Proparco, reuniu-se hoje, na Praia, com os empresários cabo-verdianos para apresentar o fundo de financiamento ao sector privado.
O encontro foi promovido pela Associação de Jovens Empresários Cabo-verdianos (AJEC) e pela Câmara de Comércio de Sotavento, no âmbito de uma missão que o grupo realiza, neste momento, em Cabo Verde para a prospecção dos projectos existentes.
Segundo a presidente da AJEC, Elisabete Gonçalves, Proparco é um fundo que já faz muitos investimentos em África, com um histórico de portfólio de dois bilhões de euros por ano de investimentos em projecto em África, e uma grande parte na África do Oeste.
A ideia, de acordo com Elisabete Gonçalves, é fazer com que os empresários cabo-verdianos possam também ter essa oportunidade de conseguir esses financiamentos.
De acordo como director regional, Pierre Maspoli, para ter acesso aos fundos as empresas têm de estar estruturadas, ter projectos viáveis e ser socialmente responsáveis, sobretudo, na parte operacional.
“Proparco dá muita importância ao impacto que cada projecto representa. Qualquer empresa de qualquer nacionalidade pode concorrer desde que esteja a operar em África e financiamos projectos de todas as áreas desde infra-estruturas, agronegócio, energia serviços como turismo, área financeira. Simplesmente os projectos têm de ser viáveis e ter o impacto social”, especificou.
O acesso ao fundo pode ser directamente com o Proparco no caso dos grandes projectos, cujo montante ultrapassa os 10 milhões, e via banca local no caso dos projectos pequenos, sendo que o limite mínimo é de até um milhão de euros, aproximadamente 110 mil contos.
Por isso mesmo tentam ao máximo uma aproximação à banca nacional. Pierre Maspoli adianta que apresenta uma garantia de 50% para a cobertura do risco, como forma de facilitar o acesso ao financiamento por parte dos empresários.
Contudo, adianta que a última palavra, isto é a taxa de juros e prazo, e a decisão de financiar ou não os projectos é dos bancos.
Para a presidente da AJEC, trata-se de uma “boa” solução, tendo em conta a pequenez do mercado cabo-verdiano e configuração do tecido empresarial em Cabo Verde.